A Copa do Mundo se aproxima, e com ela as lembranças de Mundiais passados. Há muita história para contar das 19 edições anteriores, mas como seria praticamente impossível citar tudo que os campeonatos já produziram, ZH Esportes irá enfileirar momentos marcantes nesses 84 anos.
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Confira as matérias da série Momentos da Copa
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Diariamente, até o início do evento, serão publicados cinco destaques de um determinado tema. Certamente muitos faltarão, e contamos com você, leitor, para relembrar essas relíquias do futebol.
Confira as 5 polêmicas eleitas para abrir a série:
Convulsão de Ronaldo: 12 de julho de 1998 – França – França x Brasil

Foto: Fernando Gomes
Até hoje o fato ainda é nebuloso. Pela versão oficial dos jogadores e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o atacante sofreu uma convulsão na manhã da decisão contra os franceses e foi levado ao hospital para ser reavaliado. Teve o nome retirado da partida, mas acabou jogando os 90 minutos.
As outras hipóteses dão conta de que o jogo teria sido vendido pela CBF com a condição de o Brasil vencer a Copa de 2002, ou a Nike – patrocinadora do jogador – teria exigido que ele entrasse em campo em todos os jogos do Mundial, ou problemas familiares e conjugais com a atriz Suzana Werner, ou simplesmente a pressão pelo título. Um dos motivos para o ataque epilético teria sido uma infiltração feita no joelho para aliviar uma dor que surgiu no início daquele dia. O final todos já sabem.
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Água batizada: 24 de junho de 1990 – Itália – Brasil x Argentina (oitavas de final)
A história só foi confirmada em 2004 pelo maior craque argentino, Diego Maradona, em um programa de televisão. Na ocasião, ele confirmou que o massagista da seleção argentina na Copa de 1990, Miguel di Lorenzo, entregou ao lateral-esquerdo Branco uma garrafa de água que continha sonífero durante o atendimento a um jogador.
Branco, por sua vez, passou mal no intervalo do jogo e reclamou que algo estava errado a um dos bandeirinhas. A denúncia não foi adiante. O único companheiro de seleção de Maradona que confirmou a versão do camisa 10, já nos anos 2000, foi José Basualdo. A Argentina venceu o clássico por 1 a 0, gol de Caniggia.
Vaga comprada?: 21 de junho de 1978 – Argentina – Argentina x Peru

Foto: Reprodução
Na Copa de 1978, as oito seleções classificadas para a segunda fase dividiram-se em dois grupos de quatro. As campeãs de cada chave se enfrentariam na grande final. Brasil e Argentina caíram no mesmo grupo, venceram seus primeiros jogos e empataram o clássico. Na última rodada, a Argentina teve o horário da partida contra o Peru transferido para após o confronto entre Brasil e Polônia.
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Com a vitória dos brasileiros por 3 a 1, os argentinos sabiam que precisariam vencer por uma diferença de quatro gols para ir à final. O jogo terminou em 6 a 0. Rapidamente surgiram suspeitas de corpo mole dos peruanos e que também eles teriam sido subornados para entregar a partida.
O fato de o goleiro Quiroga ter nascido na Argentina também entrou em pauta para justificar a facilidade no escore. Até hoje, nada foi confirmado. E os “hermanos” ganharam seu primeiro título mundial na final contra a Holanda.
Corte de Renato e Leandro: Copa de 1986 – México
Um dos melhores atacante do Brasil na época, Renato Portaluppi teria fugido da concentração da Seleção durante o período de preparação para o Mundial. Mais do que isso, teria ido para a farra e retornado após o “toque de recolher” do técnico Telê Santana. Mais ainda, teria levado junto outros companheiros de equipe, um deles o lateral-direito Leandro, do Flamengo.
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Telê não gostou da atitude, mas cortou apenas Renato da Copa que seria disputada no México. Em solidariedade ao amigo, Leandro decidiu, em cima da hora, não embarcar com a Seleção. Naquele ano, o Brasil seria eliminado pela França de Platini nas quartas de final, na disputa por pênaltis.
Fã invade treino e abraça Ronaldinho: Copa de 2006 – Alemanha
A preparação para aquele Mundial foi tão desastrosa quanto a “ajeitada” do meião de Roberto Carlos no gol de Henry que determinou a eliminação do Brasil, nas quartas de final, contra a França. O local escolhido foi a pacata Weggis, na Suíça. Os treinos eram abertos ao público, que todos os dias lotava os cerca de 5 mil lugares disponibilizados para a torcida.
No dia 26 de maio, uma mulher de cabelos loiros invadiu o campo onde os jogadores faziam alongamento e se jogou por cima de Ronaldinho. Os dois rolaram pelo chão e ainda foram alvo de brincadeiras dos outros atletas. Após a Copa, Ronaldo “Fenômeno” classificou a preparação como “circo”. Dirigentes da CBF acusaram os jogadores de chegarem de madrugada nas concentrações, bêbados.
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Foto: André Feltes / Agência RBS