A Copa do Mundo se aproxima, e com ela as lembranças de Mundiais passados. Há muita história para contar das 19 edições anteriores, mas como seria praticamente impossível citar tudo que os torneios já produziram, ZH Esportes irá enfileirar momentos marcantes nesses 84 anos.

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Confira as matérias da série Momentos da Copa

Diariamente, até o início do evento, serão publicados cinco destaques de um determinado tema. Certamente muitos faltarão, e contamos com você, leitor, para relembrar essas relíquias do futebol.

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Confira cinco momentos que não se tornaram gols por detalhe:

Pelé (Brasil) – México (1970)

Foto: Reprodução

Para o Rei, podemos abrir uma exceção. São dois lances, em jogos diferentes, mas que acabaram eternizados na história dos Mundiais. E, o mais curioso, é que não terminaram em gols. O primeiro deles foi na estreia do Brasil, contra a Tchecoslováquia. Pelé recebeu a bola antes do meio do campo, viu o goleiro adiantado e arriscou de lá mesmo. Ela caiu mansamente no lado esquerdo do gol de Ivo Viktor. Mas não fez falta. A Seleção venceu por 4 a 1.

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Já na semifinal, contra o Uruguai, o Rei tirou o goleiro Mazurkiewicz para dançar. Em velocidade, recebeu passe de Tostão e, ao notar a aproximação do arqueiro adversário, simplesmente passou reto pela bola. Foi alcançá-la do outro lado do uruguaio, chutou já virando o corpo, enquanto Mazurkiewicz não sabia para onde correr. A finalização atravessou a meta e raspou a trave direita. O Brasil venceu por 3 a 1. Na final, bateria os italianos por 4 a 1 e conquistaria o Tri.

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Müller (Brasil) – Brasil 0 x 1 Argentina – Itália (1990)

A Seleção de Sebastião Lazaroni era inferior à de 1986, mas ainda tinha o goleador Careca e o jovem Müller, ambos em alta na Europa. O Brasil chegou às oitavas de final com três vitórias na fase de grupos. No duelo contra a Argentina, a Seleção esteve melhor durante praticamente todo o jogo. Foram três bolas na trave. Maradona quase não jogou.

Mas bastou um lance de genialidade para deixar para trás toda a defesa brasileira e passar para Caniggia marcar, aos 35 do segundo tempo. Logo depois do gol, Silas mandou um balão do meio-campo, Careca disputou de cabeça com o zagueiro e a bola se apresentou para Müller, quase na pequena área. Ele pegou de primeira, mas de canela, e a chance do empate saiu pelo lado direito do gol. A eliminação precoce transformou a época na “Era Dunga”, que abriria feridas até hoje não cicatrizadas.

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Romário (Brasil) – Brasil 0 (3) x (2) 0 Itália – Estados Unidos (1994)

Romário marca um dos gols na vitória de 3 a 2 sobre a Holanda

Foto: José Doval

O “Baixinho” era o craque da Seleção de Carlos Alberto Parreira. Chamado quase às pressas para o Mundial dos Estados Unidos, Romário conduziu a equipe na fase de grupos e foi decisivo nas quartas de final, contra a Holanda, e na semifinal, contra a Suécia. A final, contra a Itália, foi um jogo nervoso, com poucas chances de gol para ambos os lados.

Já no segundo tempo da prorrogação, o então jovem lateral-direito Cafu – que substituía o titular Jorginho – foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola passou à frente do gol e encontrou o camisa 11 na trave do lado direito do goleiro Pagliuca. Caindo, Romário deu um leve toque com o pé direito e a bola raspou a trave. Seria menos sofrido, mas a Seleção faturou o Tetra nos pênaltis após o craque Roberto Baggio isolar a quarta cobrança dos italianos.

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Mão de Luis Suárez – Uruguai 1 (4) x (2) 1 Gana – África do Sul (2010)

Foto: Roberto Schmidt / AFP

Os uruguaios foram a sensação da primeira Copa da história no continente africano. Em grande fase na Europa, Diego Forlán liderava a equipe que tinha ainda Cavani e Luis Suárez no trio ofensivo. Os golaços de Forlán levaram o time até a semifinal. Mas, antes disso, o conto poderia ter sido diferente. Nas quartas, Uruguai e Gana empatavam em 1 a 1 até os acréscimos do segundo tempo da prorrogação.

Os africanos levantaram uma bola na área, o goleiro Muslera afastou parcialmente e, no rebote, veio a cabeçada fulminante. Posicionado em cima da linha do gol, o atacante Suárez fez uma defesa de puro reflexo. Pênalti, o jogador expulso e desespero uruguaio. Porém, Asamoah Gyan chutou no travessão. A decisão foi para as penalidades, e o Uruguai venceu por 4 a 2. Sem um dos principais avantes, os uruguaios acabaram eliminados nas semifinais para a Holanda.

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Arjen Robben – Espanha 1 x 0 Holanda – África do Sul (2010)

Foto: Roberto Schmidt / AFP

Pela primeira vez na história das Copas, Holanda e Espanha disputavam uma final. Candidatos ao título, os espanhóis apostavam na posse de bola, enquanto os holandeses colocavam as fichas nos craques Robin Van Persie, Wesley Sneijder e Arjen Robben. E foi deste último a chance de mudar a história da partida. Mais precisamente, aos 18 minutos do segundo tempo.

Sneijder acertou um lançamento do meio de campo para Robben, que saiu em disparada, deixando dois marcadores para trás. Cara a cara com Casillas, na entrada da área, o atacante tentou colocar no canto direito do goleiro. Mas, com os pés, Casillas evitou o primeiro gol da partida. Já no segundo tempo da prorrogação, Iniesta fez o que Robben não conseguiu e deu o título para a “Fúria”.

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