A Copa do Mundo se aproxima, e com ela as lembranças de Mundiais passados. Há muita história para contar das 19 edições anteriores, mas como seria praticamente impossível citar tudo que os torneios já produziram, ZH Esportes irá enfileirar momentos marcantes nesses 84 anos.

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Confira as matérias da série Momentos da Copa

Diariamente, até o início do evento, serão publicados cinco destaques de um determinado tema. Certamente muitos faltarão, e contamos com você, leitor, para relembrar essas relíquias do futebol.

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Confira cinco gols inesquecíveis:

Ghiggia – Brasil 1 x 2 Uruguai (quadrangular final) – Brasil (1950)

Reprodução

A atmosfera era a mais perfeita possível para o Brasil ganhar seu primeiro título em Copas do Mundo. Jogando em casa, em um Maracanã com 174 mil pessoas, o time de Flávio Costa precisava apenas do empate para ser campeão. Tudo ficou ainda mais fácil com o gol de Friaça, no início do segundo tempo. Mas Schiafino igualou o marcador aos 21. Mesmo assim, o título era nosso.

Eis que, aos 34, o ponta-direita Ghiggia invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou por baixo dos braços de Barbosa e o sonho acabou. O episódio ficou conhecido como o “Maracanazo” e o goleiro acabou condenado por boa parte dos brasileiros como o culpado pela derrota e pelo fiasco dentro de casa.

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Pelé – Suécia 2 x 5 Brasil (final) – Suécia (1958)

Aos 17 anos, Pelé começou aquela Copa no banco de reservas junto com Garrincha. Na segunda partida, porém, os dois entraram e arrasaram a União Soviética. Dali em diante, dificilmente alguém seguraria a Seleção, com coadjuvantes do quilate de Nilton Santos, Didi e Zagallo.

Na final contra a Suécia, o Brasil já vencia por 2 a 1 no início do segundo tempo. Aos 10 minutos, a bola é alçada na área, Pelé domina no peito em direção à marca do pênalti. Evita o zagueiro com um “chapeuzinho” e, sem deixar cair, manda para as redes da Suécia. Ele faria ainda o quinto gol, e o Brasil levantaria seu primeiro título mundial.

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Carlos Alberto Torres – Brasil 4 x 1 Itália (final) – México (1970)

Reprodução

O Brasil tinha o melhor time do Mundial e um dos maiores da história das Copas. Do meio para frente era: Clodoaldo, Gérson, Rivelino, Jairzinho, Pelé e Tostão. O caminho até a final foi praticamente sem percalços, exceto na partida contra a Inglaterra, vencida por 1 a 0, gol de Jairzinho.

Na final, o Brasil não deu chances para a Itália. Pelé marcou um golaço de cabeça, os italianos empataram, mas Gérson e Jairzinho colocaram 3 a 1 no placar. Mas a “cereja do bolo” estava guardada para os 41 minutos do segundo tempo.

Clodoaldo tomou a bola no campo do Brasil e dançou por cima de quatro marcadores. A bola chegou em Rivelino, que encontrou Jairzinho na meia esquerda. Ele lançou Pelé na frente da grande área. Com um leve toque para a direita, Pelé abriu o caminho para o lateral Carlos Alberto Torres soltar a pancada e marcar um dos gols mais bonitos das Copas.

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Maradona – Argentina 2 x 1 Inglaterra (quartas de final) – México (1986)

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Diego Armando Maradona se firmava como o craque daquela Copa. O duelo com os ingleses seria um dos mais duros da competição. Porém, a malícia do camisa 10 argentino apareceu aos 6 minutos de jogo. Ele saltou com o goleiro Peter Shilton e usou a “Mão de Deus” para abrir o placar.

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E a prova de sua genialidade apareceu três minutos depois. Maradona recebeu a bola no meio-campo e, com três toques, girou em cima de dois marcadores e iniciou uma disparada impressionante. Mais três defensores ficaram para trás. Quando não havia mais ninguém para driblar, passou pelo goleiro e fez uma das obras primas do futebol.

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Omam-Biyik – Argentina 0 x 1 Camarões (primeira fase) – Itália (1990)

A Argentina era a atual campeã e uma das seleções favoritas a levantar o caneco na Itália. Mas a estreia não saiu conforme o esperado. Os africanos de Camarões, comandados por Roger Milla, trataram de esfriar as coisas logo na abertura do Mundial. Aliando velocidade e técnica, os camaroneses fizeram uma partida de igual para igual contra o time de Maradona.

Mais do que isso, aos 22 minutos do segundo tempo, uma falta foi cobrada na área “hermana”, houve desvio na primeira trave. Próximo à marca do pênalti, o atacante Omam-Biyik saltou mais alto e desviou de cabeça. Uma bola fraca, mas que Nery Pumpido acabou engolindo. A Argentina acabaria o Mundial como vice-campeã, mas a derrota para Camarões, aliada ao frango de Pumpido, é considerada uma das maiores zebras dos Mundiais.

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