A Copa do Mundo se aproxima, e com ela as lembranças de Mundiais passados. Há muita história para contar das 19 edições anteriores, mas como seria praticamente impossível citar tudo que os torneios já produziram, ZH Esportes irá enfileirar momentos marcantes nesses 84 anos.
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Confira as matérias da série Momentos da Copa
Diariamente, até o início do evento, serão publicados cinco destaques de um determinado tema. Certamente muitos faltarão, e contamos com você, leitor, para relembrar essas relíquias do futebol.
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Confira aqui as cinco frangos em Copas:
Waldir Peres – Brasil 2 x 1 União Soviética – Espanha (1982)
A expectativa era grande em cima da Seleção em sua estreia na Copa de 82 contra a União Soviética. Mas o Brasil escorregou no primeiro tempo. A zaga falhava na marcação, com Leandro incapaz de segurar o atacante Blokhin e Luisinho teve dois pênaltis perdoados, por sorte, pelo árbitro. Do outro lado, o goleiro Rinat Dasaev fez uma série de defesas impressionantes, segurando o jogo para o lado vermelho.
Aos 34 minutos do primeiro tempo, o volante soviético Andreij Bal resolveu arriscar um chute de fora da área. Apesar de fraca, a bola passa por toda a defesa brasileira e Waldir Peres se abaixa para pegar. Ao invés de segurá-la, a bola passa por seus dedos. O lance gelou a espinha do goleiro até o segundo tempo mas, felizmente, a equipe conseguiu virar adotando a estratégia de chutar de longe. E deu certo, com dois golaços, de Sócrates e Éder.
René Higuita – Camarões 2 x 1 Colômbia – Itália (1990)

Foto: Reprodução / YouTube
A Colômbia entrou em jogo animada após o empate duramente conseguido nos minutos finais da partida contra a Alemanha, indispensável para sua classificação às oitavas de final. Deveria ter tomado mais cuidado. Os sul-americanos não contavam com a arma secreta de Camarões: solto como um leão no segundo tempo, o atacante Roger Milla trocou passes com o atacante Oman Biyik, desviou dos zagueiros Perea e Escobar e bateu no alto do gol.
Menos de cinco minutos depois, o goleiro colombiano decidiu avançar pelo campo, em mais uma demonstração de seu estilo inconsequente, após receber sozinho a bola rebatida do lado camaronês. Numa tentativa completamente falha de drible, Milla roubou a bola. Higuita ainda tentou dar um carrinho no africano, mas o gol foi inevitável. A Colômbia ainda descontou aos 10 minutos com um passe de Valderrama para Redin marcar na saída de N’Kono.
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Andoni Zubizarreta – Nigéria 3 x 2 Espanha – França (1998)

Foto: Reprodução / YouTube
A partida entre Espanha e Nigéria colocava uma pressão nas costas dos ibéricos: a Fúria não fazia uma estreia vitoriosa em Copas desde 1950. Mesmo assim, tudo parecia correr bem. Hierro marcou o primeiro gol numa cobrança de falta aos 21 do primeiro tempo. Minutos depois o atacante nigeriano Adepoju empatou de cabeça. No início do segundo tempo, Raúl colocou os espanhóis novamente na frente. Mas a derrocada espanhola acontece aos 28 do segundo tempo.
O meia nigeriano Lawall recebeu na ponta esquerda e chutou quase sem ângulo. O goleiro Zubizarreta deixou escorregar e desviou diretamente para o gol. O frango custou a derrota da Espanha – a Nigéria viria a marcar o terceiro com Oliseh – e a consequente eliminação na primeira fase. Zubizarreta abandonou o futebol após a Copa.
Oliver Kahn – Brasil 2 x 0 Alemanha – Coreia do Sul e Japão (2002)

Foto: Philippe Huguen / AFP
A final da Copa de 2002 foi acirrada até o limite. Para completar, o goleiro Oliver Kahn, que na véspera havia sido eleito o melhor jogador da Copa, ainda desafiou o favoritismo brasileiro na final: “Para ser campeão, o Brasil terá que fazer um gol em mim primeiro”.
Enquanto Marcos defendeu uma cobrança de Neuville, o gigante Kahn segurava todos as tentativas de Ronaldo. Até que aos 22 minutos do segundo tempo, o Fenômeno conseguiu roubar a bola e entregar para Rivaldo, que deu um belo chute de fora da área.
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O alemão rebateu e Ronaldo apenas empurrou para o gol. Poucos mais de 10 minutos depois, o camisa 9 marcou um golaço, após corta-luz de Rivaldo. Os alemães ainda tentaram descontar, mas o goleiro Marcos segurou o chute de Bierhoff, e o Brasil era pentacampeão.
Robert Green – Inglaterra 1 x 1 EUA – África do Sul (2010)

Foto: Vincenzo Pinto / AFP
Comandados pelo técnico Fabio Capello, os ingleses começaram a partida no ataque contra os Estados Unidos. O capitão Steven Gerrard abriu o placar, com um chute potente logo 4 minutos.
Até que, aos 40, o meia Clint Dempsey resolveu chutar de fora de fora da área. A bola foi fraca, quicando de leve. Mas quando o goleiro se abaixa para pegar a Jabulani acaba escapando pela sua direita e entrando no gol.