Talentosa, delicada e dona de uma beleza clássica. Não tem como não se encantar por Carolina Kasting, especialmente depois de um papo com a atriz catarinense de 40 anos que em 2016 comemora 20 de carreira. Natural de Floripa, Carolina saiu cedo da SC em busca do sonho de ser bailarina em Curitiba. Mas o destino a trocou de palco: depois de modelar em SC, começou a fazer cursos de atuação em SP, incluindo a oficina da Rede Globo, para logo depois estrear na emissora em Anjo de Mim, novela de 1996. Desde então, a atriz tem sido uma das catarinenses mais frequentes na televisão.
Continua depois da publicidade
Em momento especial, grávida de quatro meses do segundo filho, Carolina, que também bomba no Instagram com sua página pessoal (@kastingcarolina) e com o diário de seus pés (@kastingsfeet) comemora o sucesso sua personagem Rosa, na bem-sucedida Além do Tempo, novela que considera um divisor de águas na carreira e na vida pessoal. De férias após o fim das gravações, Carolina conversou com a coluna durante a passagem pelo Costão do Santinho ao lado do marido, o designer Mauricio Greco, e a filha Cora, de 10 anos.
Além do tempo
Eu sempre busco pegar coisas da personagem e trazer pra mim de uma forma positiva. A Rosa (sua personagem em Além do Tempo) era uma mulher independe e batalhadora que me trouxe uma força de vida muito grande. Passei a ir à academia todos os dias por que eu achava que ela tinha uma forma física maior do que a minha. Na segunda fase da novela, ela veio uma mulher muito realizada, o protótipo da mulher moderna, bonita e fogosa. E isso tudo elevou a minha auto autoestima e me deu uma impulsionada exatamente quando eu completava 40 anos. Esse trabalho foi um divisor de águas na minha vida profissional e pessoal, tanto quanto foi Rosana, de Terra Nostra (1999). E a personagem terminou a novela grávida, como eu.
Gravidez aos 40
Continua depois da publicidade
Quando engravidei da Cora, há dez anos, eu não fazia tanta atividade física e não tinha tanto conhecimento em relação à alimentação saudável. Agora, aos 40, parece que tudo ficou mais harmonioso. Eu estou mantendo a atividade e a alimentação. Claro que com cuidados. Acho que vai ser cada vez mais normal que tenhamos filhos mais tarde por conta da qualidade de vida e da longevidade. Acho legal a visão da gravidez não como uma impossibilidade de fazer coisas, mas de você continuar seu estilo de vida. Hoje eu sei que o açúcar e a gordura saturada são horríveis, por exemplo. Eu sigo na linha, até porque não estou com vontade de, depois que o bebê nascer, me sentir péssima, olhar pra mim e pensar que preciso de mais nove meses pra recuperar meu corpo.
Florianópolis
Tenho memórias lindas daqui. Sai muito cedo em busca do meu sonho e foi essa determinação que me fez chegar onde estou hoje. Mas isso não significa que deixei pra trás no coração minha terra. Tenho uma relação próxima com a cidade. Meu irmão, Guga Arruda, meus sobrinhos e meus pais estão aqui. E agora que eu e o Maurício vamos formando família temos o plano de ter uma casa em Floripa, para onde a gente possa vir mais vezes e quem sabe ficar períodos. Acho que em 2016 começamos a construir. A natureza aqui é inacreditável.
Projetos
Foi muito boa essa estada no Costão. Sem fazer nada, só curtindo praia. De trabalho, neste momento, posso fazer algo pontual, mas acho que vou curtir mais a gestação. Eu iria estrear esse ano meu primeiro monólogo, chamado Liv, sobre a atriz Liv Ullmann, que eu admiro muito. Já seria um festejo dos 20 anos de carreira, mas por conta da maternidade vou adiar.
Estilo de vida
Sou muito caseira, amo ficar com a família e fazer programas tranquilos, como passear no Jardim Botânico ou caminhar na Lagoa (Rodrigo de Freitas) ou na orla. Também fico muito com a Cora, somos muito companheiras. Com a gravidez ela está muito feliz. Até brinquei esses dias em um post: esse é meu segundo bebê, mas o dela é o primeiro. Ela vai curtir muito.
Continua depois da publicidade
@Kastingsfeet
Gosto muito de fotografar. Quis juntar minha vida pessoal e pública com a fotografia em algo que não me expusesse mas que lidasse com o meu cotidiano. Então não são selfies normais, são fotos dos pés, as selfeets. Sou da geração que começou a trabalhar quando não existia rede social. Lembro quando a Rede Globo me chamou para fazer o primeiro chat. Fiquei apavorada de não dar tempo de responder as perguntas das pessoas (risos). Eu demorei para entrar nas redes sociais, sou muito reservada. Mas aí começaram a surgiu muitos fakes, pessoas que falavam no meu lugar. Eu comecei por isso, mas logo depois me encantei e achei muito incrível esse poder de falar direto com o público, sem intermediário. A gente passou a ter um poder de comunicação direto e o que eu mais gosto da profissão é a relação com o público. Nossa profissão existe para o público. Também acho bacana falar das coisas que acho importantes, como ecologia e ações sociais. Nós somos pessoas públicas e temos obrigação de dar uma referência positiva.