O governador Carlos Moisés foi entrevistado na manhã desta segunda-feira (10) no "Bom Dia Santa Catarina", da NSC TV, e falou sobre as prioridades do governo e os desafios para o segundo ano de mandato. Moisés também fez um balanço das ações realizadas ao longo de 2019.
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Entre os assuntos tratados, o governador comentou a expectativa para aprovação da Reforma da Previdência na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e citou que acredita que ela seja votada até o mês de março. Mudanças no alto escalão do governo, negociação de reajustes com categorias, relação com o presidente Jair Bolsonaro e o pedido de impeachment contra ele arquivado na semana passada foram outros assuntos.
Confira os principais trechos:
Reforma da Previdência
"Os governadores, ao invés de ficar esperando essas reformas acontecerem no âmbito federal, encaminharam às Assembleias Legislativas as suas propostas de reforma também, replicando o que nós temos no âmbito nacional. Servidores militares, fazendo uma seguridade própria, e colocando alinhado com o que aconteceu em termos de reforma federal para os servidores civis do Estado. Nós mandamos no ano passado também (para a Alesc), assim como Rio Grande do Sul e Paraná, nossos estados vizinhos que já aprovaram as suas reformas. No ano passado a gente não votou e vota em regime de urgência ainda este ano, acredito que até março isso deve tá sendo votado aqui na nossa Assembleia Legislativa. A nossa gestão não vai colher frutos com essa reforma encaminhada à Assembleia, mas é um ato de responsabilidade de cada parlamentar catarinense, que vai enfrentar essa questão com a seriedade que ela merece, porque nós sabemos que há um déficit."
Trocas no governo
“O governo está em constante reavaliação. O que funciona bem, a gente mantém, e faz alguns ajustes. Nesses casos, dessas mudanças, dessa pasta especificamente, da Infraestrutura, a gente fez esses ajustes para ter mais celeridade nos processos. A questão de relacionamentos também. Com quem quer que demande essas pastas, tem que ser um relacionamento muito republicano, mas ao mesmo tempo nós temos que atender muito bem as pessoas. Então eu penso que são pequenos ajustes que a gente vai fazendo no governo. São ajustes pontuais para que a gente atinja os objetivos do governo."
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Reposição salarial
"A gente começa a discutir ao longo desse ano a possibilidade de reposição real. As categorias já conversam com o governo, dentro daquilo que é possível, de forma muito responsável. A gente não pode fazer promessa e depois não poder honrar com a folha de pagamento. Não adianta oferecer um aumento e não pagar a folha. Ao mesmo tempo em que a reforma da Previdência é um cálculo que é feito para uma geração inteira. Estamos querendo tratar com equidade e conversar com todas as categorias. Estamos conversando com a saúde, educação e segurança, que são as principais pastas. A gente está trabalhando com todas elas para o aumento possível."
Relação com o governo Bolsonaro
"Acho que distanciamento não é andar de mãos dadas, é fazer o que ele faz lá em cima aqui no Estado. Acredito que a gente tá caminhando nas mesmas propostas. O presidente anunciou um partido que não existe ainda, então as pessoas foram com o presidente para esse novo partido, mas ao mesmo tempo que o partido não existe eles estão procurando abrigo em outro lugar. Isso é absolutamente natural, é da política, nós conversamos naturalmente com o governo federal, e há muita fake news."
Pedido de impeachment
"O governo fez o que achava correto nessa ocasião. Penso que a Assembleia agiu muito bem ao arquivar esse pedido de impeachment, porque eu acredito que um pedido de impeachment a um governador precisa movimentar um aparato público. Acho que acertou a Assembleia Legislativa, acertou o Ministério Público de Santa Catarina, quando arquivou a denúncia por crime de responsabilidade. Eu acho que isso é uma lição para todos nós. O impeachment é um instrumento relevante da República para corrigir maus feitos."