O governador Carlos Moisés (PSL) admitiu que não deve aumentar as restrições de atividades econômicas e de circulação por causa da pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, nesta segunda-feira (10), o chefe do Executivo afirmou que as regras atualmente em vigor continuarão valendo até o dia 17, quando vence o decreto assinado em abril pela então governadora em exercício Daniela Reinehr (sem partido).

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O governador, que voltou ao cargo na sexta-feira, afirmou que até lá o foco do Estado deve estar na fiscalização.

– Percebemos que apesar do regramento, existem estabelecimentos, de reunião de público, inclusive, que às vezes infringem as normas. No nosso entendimento, conseguindo fiscalizar de fato todos os estabelecimentos a gente vai conseguir manter ou até diminuir o número de casos ativos, para sair desse enfrentamento – pontuou.

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As regras atualmente em vigor permitem a realização de eventos sociais, corporativos, feiras, exposições e até mesmo de casas noturnas e shows. Cada atividade tem um regramento específico definido no decreto. Bares e restaurantes podem funcionar até as 23h. A concentração e aglomeração de pessoas em praias, parques e praças é proibida e a venda de bebida alcoólica para consumo no local também está vetada entre as 23h e as 6h. 

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Na entrevista, Moisés também falou que o Estado segue com uma estabilidade nos números da pandemia, no patamar de cerca de 20 mil casos ativos nos últimos 40 dias. O balanço deste domingo apontou a existência de 19,5 mil pacientes em fase de transmissão do vírus no Estado.

– Isso nos chama a atenção porque vai tendo um reflexo de ocupação de leitos de UTI, que ainda tem uma média de mais de 90% – afirmou.

Segundo Moisés, após conseguir reduzir o número de casos ativos e sobretudo de internações em UTIs, o governo do Estado pretende discutir com o Ministério da Saúde quais os leitos vão permanecer ativos na rede hospitalar.

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– Vamos solicitar a habilitação desses leitos e pactuar com unidades hospitalares que possam exercer através dessa nova condição de trabalho as cirurgias eletivas e todas as demandas – antecipou.

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Compra de vacinas centralizada

Moisés também defendeu a vacinação como forma de voltar a ter a rotina anterior à pandemia e reforçou que entende que a compra de vacinas deve ser centralizada no governo federal. Ele também falou sobre ajustes no auxílio emergencial do Estado, em discussão nas últimas semanas, e sobre outras ações da retomada do governo.

Após pouco mais de 40 dias afastado por causa do processo de impeachment dos respiradores, Moisés voltou ao governo de SC na última sexta-feira (7), após o tribunal de julgamento rejeitar o pedido, com quatro dos 10 votos pela absolvição.

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