Foi assinado na tarde desta terça-feira (8), o contrato que prevê o início das obras de restauração do Moinho de Joinville. Com objetivo de resgatar as instalações centenárias, o espaço histórico da cidade contará com um complexo educacional e um parque linear para a comunidade.
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Os trabalhos foram iniciados já na semana passada e o investimento por parte da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) foi de R$ 120 milhões.
A empresa que venceu a licitação é a mesma que executou as obras da BMW, em Araquari e, portanto, caso a mesma agilidade seja executada também em Joinville, a expectativa de entrega do projeto do Moinho é de 14 meses.
Complexo educacional e parque linear
De acordo com Mário Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc, a área total do empreendimento é de 52 mil metros quadrados e as obras serão divididas em duas etapas.
Nesta primeira fase, serão 24,5 mil metros quadrados de área construída para abrigar a Escola S, com ensino fundamental e médio, e atividades de contraturno e itinerários formativos do ‘novo ensino médio’. Além das salas de aula, está prevista também a construção de duas quadras esportivas, uma piscina aquecida e um estacionamento pra 400 veículos.
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Já no período noturno, a unidade contará com formações profissionalizantes e abrigará um polo do Centro Universitário Senai, com cursos de pós-graduação e extensão profissional.
Com expectativa de início das aulas para o primeiro semestre de 2024, Mário Cezar Aguiar diz que a ideia é devolver a Joinville uma escola de referência e capacitar alunos para o mundo do trabalho.
Na segunda etapa do projeto, o espaço contemplará um parque linear pensado para aproximar a comunidade. Conforme Aguiar, este restauro foi previsto pela Prefeitura de Joinville e não está previsto no investimento de R$ 120 milhões.
— O parque terá café, biblioteca, espaço para música e dança, além de outros equipamentos de lazer — explica.
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Estrutura
Fabrizio Machado Pereira, diretor de educação e tecnologia da Fiesc, explica que o centro educacional contará com 56 salas de aula, laboratórios, biblioteca, auditório e restaurante, além de ginásio de esportes coberto com duas quadras polivalentes e piscina aquecida.
Inicialmente, o local terá capacidade para 1.200 alunos, que iniciará no ciclo infantil, com alunos de 3 anos, ao ensino fundamental e médio. No período noturno, terá educação profissional voltada ao Senai, nível médio e técnico com cursos voltados para área de TI, economia criativa e mídias sociais.
A expectativa é de que, até o final da década, cerca de 3 mil alunos façam parte da escola.
— Todo processo educacional se dará com foco nesta jornada completa. Se queremos um aluno de 16, 17 ou 18 anos preparado para o mundo do trabalho, da indústria e empreendedorismo tecnológico, temos que começar a desenvolver este interesse na infância — destaca o diretor.
Para Pereira, o projeto é inovador, já que é baseado na formação sólida da parte científica e tecnológica e, ao mesmo tempo, em um trabalho socioemocional forte.
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— É um legado não apenas para as indústrias e setor econômico, mas é um impacto socioeconômico forte para a cidade e o estado. Vejo que isso transborda como inspiração para os setores — finaliza.
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