Patrulhas de soldados nas ruas, escolas e lojas fechadas e estradas bloqueadas, a capital da Somália está paralisada nesta terça-feira como forma de prevenção de um ataque islamita shebab a 24 horas da escolha de um novo presidente pelo Parlamento.

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Os 275 deputados e 54 senadores vão designar na quarta-feira o chefe de Estado entre 22 candidatos em uma votação de vários turnos que irá acabar com um processo marcado por acusações de corrupção e fraudes.

Por razões de segurança, a escolha vai acontecer no aeroporto de Mogadíscio, o local da capital melhor protegido e que abriga os escritórios das Nações Unidas, organizações humanitárias e embaixadas.

A vigilância é realizada pela Missão da União Africana na Somália (Amisom).

O prefeito pediu aos moradores para permanecer em suas casas. Os soldados patrulham as ruas e as principais estradas foram fechadas.

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A eleição presidencial estava originalmente programada para agosto, mas foi adiada várias vezes.

O processo eleitoral somali é regido por um sistema de clãs. Desde a queda do autocrata Siad Barre, em 1991, o país carece de Estado central.

Cerca de 14.000 eleitores delegados votaram entre outubro e dezembro de 2016 para eleger os novos deputados entre os candidatos geralmente designados com antecedência por consenso. Cada um representava um clã ou sub-clã.

O projeto de estabelecer o sufrágio universal no país foi abandonado em 2015 em razão de disputas internas e políticas, juntamente com uma insegurança crônica provocada principalmente pelos islamitas shebab, filiados à Al-Qaeda, que controlam extensas áreas rurais e atacam regularmente Mogadíscio.

* AFP