A modelo Nayara Vit, que morreu após cair do 12º andar de um prédio no Chile, tinha o desejo que suas cinzas fossem jogadas no mar, em Florianopólis, segundo a família. Os pais dela moram em Porto União, no Planalto Norte catarinense, e fizeram uma homenagem à jovem nas redes sociais. As informações são do G1. 

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“Ela era completa, viveu tudo de bom e de ruim com muita velocidade. […] Saudade do que não vivemos, saudade do que poderíamos ter feito”, diz a nota publicada pela mãe, Eliane Marcos.

O caso ocorreu na madrugada de 8 de julho. Nayara tinha 33 anos, morava há 16 no Chile e era considerada uma celebridade em Santiago, a capital. Ela estava em casa, com a filha de 4 anos, o namorado e uma babá quando ocorreu a queda. 

Segundo o irmão, Guilherme Vit, ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A família descarta a hipótese de suicídio e suspeita de feminicídio, com um possível envolvimento do namorado da modelo.

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— A Nayara não tinha nenhum histórico de depressão e zero indícios que cometeria qualquer ato desse — disse o irmão ao G1.

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Ele conta, ainda, que a família soube da morte pelo ex-marido da modelo. De acordo com Guilherme, uma amiga dela ligou avisando que ele precisaria buscar a filha, pois Nayara tinha “se matado”.

— Porém, quando ele chegou ao local, estranhou não ter a polícia investigativa no apartamento e o namorado dela [estava] agindo estranho. Ele questionou a babá da neném se ela tinha ouvido alguma coisa. A babá falou que ouviu um barulho de vaso caindo, posteriormente um grito da Nayara e depois, a queda dela — relembra Guilherme.

Até o momento, porém, ninguém foi preso. O irmão disse, ainda, que o corpo da modelo não pode ser encaminhado ao Brasil enquanto o caso é investigado. O velório e o sepultamento vão ocorrer nesta terça-feira (13) no Chile.

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Devido à pandemia de Covid-19, a família informou que não consegue ir até o país, nem para o enterro ou para auxiliar nas investigações. Guilherme afirma que Nayara desejava que as próprias cinzas fossem jogadas no mar de Florianópolis. A família da modelo é natural de Cuiabá, mas os pais moram em Santa Catarina.

— Estamos em tratativas com o Itamaraty, pedindo ajuda para que solucionem este caso o mais breve possível para que assim possamos trazer o corpo de Nayara ao Brasil e realizar o seu pedido de ser cremada e suas cinzas jogadas ao mar — disse a mãe nas redes sociais.

A reportagem do G1 entrou em contato com o Itamaraty sobre o caso, mas ainda não teve retorno.

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