Ao que parece, a venda dos óculos do Google para o público em geral nos Estados Unidos, promovida na última terça-feira apenas por 24 horas, foi um sucesso, autorizando previsões otimistas sobre o futuro comercial do acessório vestível.

Continua depois da publicidade

O Google anunciou, na tarde de terça (às 15h30min, horário da Califórnia) que estavam esgotados os modelos do Google Glass na opção com armação de cor Cotton (“algodão”, ou branca). Continuaram disponíveis as outras opções de armações em outras cores, como Tangerine (“tangerina”) e Sky (“céu”).

O preço pago pelos compradores foi de US$ 1,5 mil por exemplar, o mesmo cobrado dos grupos especializados que tiveram acesso ao produto antes do público. A empresa não revelou quantas unidades foram vendidas ao todo, mas considerou a venda um sucesso.

No perfil do Google Plus oficial da empresa foi postada a seguinte mensagem: “Uau, que manhã! Estamos felizes de ver tantas caras novas (e armações) no Explorer Program. Só uma atualização: vendemos todos os Cotton (branco), então as coisas estão andando muito rápido”.

Mais tarde, com a promoção encerrada, a empresa publicou uma mensagem dando as boas vindas aos novos usuários e dizendo que, no futuro, vai experimentar “novas maneiras de se expandir o programa Explorer”.

Continua depois da publicidade

Os óculos conectados do Google permitem operações como envio de e-mails, acesso a internet e realização de fotos e vídeos através de comandos de voz, toques dos dedos em uma superfície na lateral da armação e movimentos da cabeça.

Entre os aplicativos já desenvolvidos para os óculos estão, claro, os do Google, como Google Now, Google Maps e Gmail, mas também outros de categorias diversas, desde o organizador pessoal Evernote até o jornal The New York Times.

Seleção

Até agora, o Google Glass tinha sido oferecido apenas a grupos restritos como desenvolvedores e donos de projetos específicos, sempre dentro dos Estados Unidos. Entre os projetos, apareceram usos diversos, incluindo gastronomia, medicina e educação.Empresas como a fabricante de maquinário pesado Caterpillar criaram propostas de uso dos óculos em programas de treinamento.

Desde seu anúncio, no fim de 2012, o aparelho vem atraindo bastante controvérsia, especialmente por ser considerado uma ameaça à privacidade. Não há nada que indique para o observador externo, por exemplo, se uma pessoa com os óculos está com a câmera ligada ou checando dados na internet.

Continua depois da publicidade

Nos EUA, vários estabelecimentos já baniram o uso dos óculos, incluindo cafés, restaurantes e alguns cassinos de Las Vegas, enquanto Estados como Virgínia Ocidental e Califórnia discutem legislação que restrinja o uso do Google Glass ao volante.