O norte-americano Andrew Romans e o brasileiro Pedro Waengertner foram os palestrantes do painel que abriu a tarde do último dia de Expogestão 2017, que ocorre em Joinville. Os dois falaram sobre inovação e negócios, abordando os fundos de capital de risco e a atuação das startups.

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Romans é confundador da Rubicon Venture Capital, consultor de empresas em diferentes países e autor do livro ‘Masters of Corporate Venture Capital’. O norte-americano é também um empeendendor que vendeu sua start-up por US$ 50 milhões. Ele esteve no evento para apresentar o cenário mundial e explicar o que é necessário para criar uma startup e obter sucesso com ela.

Esta foi a primeira vez em que o especialista veio ao Brasil, mas apresentou opções para o país crescer no campo da inovação por meio das startups. Segundo ele, para fazer uma espécie de Vale do Silício no país as startups brasileiras poderiam se inspirar no modelo israelense, em que o mercado doméstico é pequeno e as empresas já nascem globais, competindo para conquistar o mercado mundial.

– Os brasileiros também podem criar startups que vão resolver os problemas do Brasil – sugeriu.

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Quem apresentou o mercado brasileiro foi Pedro Waengertner, cofundador e CEO da Ace, a maior aceleradora da América Latina. O papel de uma aceleradora é investir em estágio inicial em startups, ajudando com mentores e networking para fazer a empresa crescer. Pedro ainda explicou como fazer para montar e prosperar com uma startup.

Segundo o especialista, é necessário pensar em como se destacar e fazer algo diferente em um momento em que surgem tantas empresas de tecnologia. Principalmente, em um cenário difícil de entender, inclusive, quem são os concorrentes. De acordo com Pedro, uma grande empresa é como se fosse um gigante em um enxame de abelhas: ele não sabe quem é o inimigo, apenas que está sendo picado de todos os lados.

– Está cada vez mais difícil saber quem é amigo e quem é concorrente – ressalta.

Pedro destacou que nenhum dos empreendedores que desenvolveram startups são mais qualificados do que os que estão dentro das grandes empresas. O que os diferencia é estarem sem dinheiro e forçados a querer fazer as coisas e correr atrás. O especialista diz que são os profissionais sem experiência nas áreas em que querem investir, com mentalidade amadora, que buscam soluções diferentes e inovam mais.

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Ele ainda falou sobre os desafios encontrados por profissionais para levar o modelo de startups para dentro das grandes empresas. Segundo ele, em geral o risco de demissão é mais alto em caso de falhas do que a valorização do profissional em caso de sucesso. A saída, de acordo com Pedro, é a empresa abrir o espaço para startups em todos os setores para que o modelo seja absorvido.