A 37ª edição da São Paulo Fashion Week enfocou moda e arte e transformou o Parque Cândido Portinari, em São Paulo, em uma grande galeria, com curadoria do fotógrafo Eder Chiodetto. O evento ocorreu entre 31 de março e 4 de abril. Confira os principais destaques para o próximo verão:
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Os veteranos
Pedro Lourenço mostrou uma capsule collection desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro e que poderia ter sido inspirada no filme A Trapaça. Uma atmosfera seventies moderna dominou a coleção, com vestidos decotados e trench coats.
Alexandre Herchcovitch buscou referências em uma Marilyn Monroe sem qualquer clichê, com peças superelegantes e perfume dos anos 1950. Apesar de a inspiração ter vindo direto do túnel do tempo, tudo é muito moderno e contemporâneo.
A coleção de Reinaldo Lourenço começou a ser pensada por acaso, no metrô em Londres, a caminho de uma festa de Réveillon. Ele percebeu que todas as pessoas estavam arrumadas com pompa e circunstância, mas em um contexto totalmente street – e criou uma coleção para mulheres chiques, porém despretensiosas.
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Para a Tufi Duek, Eduardo Pombal lançou mão dos minicomprimentos, que ganharam a companhia de decotes nas costas, cinturas marcadas e bustos em evidência. Tudo para resgatar uma silhueta bem feminina, que vem lá dos anos 1950 e 1960.
Expert em criar vestidos, Paula Raia apostou neste conceito, mas desta vez seus longos brincaram com o jogo de fluidez e estrutura. Com o protagonismo da ráfia e do sisal, costurou peças de luxo rústico.
Já no desfile de Gloria Coelho, os looks de festa apareceram pontuados por vestidos longos e curtos, com muitas transparências, assim como pastilhas de couro ou de tecido sobre tule.
Os estreantes
Se depender da estilista Lilly Sarti, o mood navajo-deluxe toma conta do verão de 2015. O desfile privilegiou peças fluídas, como as saias, batas e capas de seda devorê, com desenhos e motivos que fazem referência ao universo do faroeste.
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Lolita Hannud, da Lolitta, buscou inspiração no México para sua coleção de estreia no SPFW. A missão era repaginar seus famosos vestidos bandagem, usados por nove entre 10 fashionistas do high society paulistano em eventos de gala.
Giuliana Romanno investiu no que mais sabe: alfaiataria cool e sexy, na mesma medida. Fendas, tressês e brilhos bem pontuais atualizaram o uniforme urbano.
Wagner Kallieno homenageou suas origens ao olhar para o Rio Grande do Norte, e o sol deu as caras em bordados marcantes que decoraram parte dos looks e no efeito dourado que pontuou algumas peças, obtido graças à mistura de fio de metal a tecidos naturais, como linho e palha de seda.
As marcas
Para a Forum, a estilista Marta Ceribelli utilizou como tema a flora brasileira e imprimiu seu estilo urbano e inteligente.
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Pelas mãos de Felipe Jardim, a orquídea se transformou em uma estampa quase gráfica. A Ellus fez o que mais sabe: denim. Formas e modelagens clássicas surgiram atualizadas por tecidos nobres e processos high-tech. O jacquard ganhou aspecto de ráfia, enquanto o cetim fez as vezes de croco e a renda assumiu versão plastificada.
A Animale de Priscila Darolt apresentou uma coleção com detalhes primorosos (sobretudo no que se refere ao trabalho com fios de látex bordados e couro navalhado).
Da obra da artista Maria Bonomi, foram recriadas estampas à la xilogravura. O desfile da Colcci propôs um estilo fresco e jovem – e o destaque ficou para uma linha mais feminina, com tops usados sob casacos leves.
Uma turma de bonecas japonesas, vindas diretamente das ruas de Harajuku, em Tóquio, tomou conta do desfile da Triton. Jacquards multicoloridos foram combinados com peças de organza de seda delicadamente bordadas com outra padronagem floral, de cerejeiras.
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