Eles não precisam estar necessariamente ligados às tendências do mundo da moda, mas não podem descuidar do visual.
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PDF: o estilo de cada candidato
Uma camisa amassada, uma cor que não combina com a outra e pronto: não há quem não note que alguma coisa está errada no vídeo. Enquanto partidos e candidatos começam a ir às ruas para a disputa à Prefeitura de Joinville, há um quesito que não pode ser deixado de lado: o estilo do político.
Os serviços de consultoria de moda em campanhas são mais comuns do que muita gente imagina e fazem parte da organização de qualquer planejamento eleitoral – afinal, o candidato precisa apresentar características que inspirem confiança, e isso não fica só no discurso ou nas propostas. Gestos, olhares e a maneira como se veste também contam na hora de um eleitor decidir seu voto.
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Nas eleições de 2010, por exemplo, a então candidata Dilma Rousseff passou por uma mudança radical no seu visual. Os cabelos, cortados pelo cabeleireiro Celso Kamura, ficaram mais curtos e modernos. Uma maquiagem leve deu ar de seriedade e as estampas que Dilma usava como ministra de Minas e Energia foram substituídas por conjuntos de tons sóbrios.
Para a consultora Milla Mathias, autora do livro “Guia de Estilo para Candidatos ao Poder – e Para Quem Chegou Lá” (Ed. Senac), a grande missão desse tipo de serviço é passar a mensagem que o candidato deseja por meio de sua imagem, valorizando os melhores pontos da personalidade e do corpo de cada um.
Segundo Milla, “o visual ideal é aquele que transmite credibilidade, sinceridade, capacidade de administração, com naturalidade”.
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Milla acredita que algumas dicas são infalíveis na hora de um político pensar em como se vestir.
– Cores mais sóbrias e neutras ajudam a passar a seriedade necessária, assim como a maneira como as peças são usadas. É importante vestir o tamanho certo, nem menor, nem maior. As peças devem estar sempre passadas, limpas e combinadas de forma harmoniosa. E esqueça as cores berrantes, estampadas, muito descontraídas, amassadas ou puídas -, ensina.
A especialista Talita Santiago costuma trabalhar com políticos e explica que a consultoria não pode correr o risco de falhar.
– A imagem de uma pessoa pública é sua maior vitrine, ela define sua carreira. Aos eleitores, cabe a difícil tarefa de interpretar a imagem, de notar o que vai além do discurso. As palavras podem, muitas vezes, confundir, enganar, mas uma imagem diz tudo. O político que não cuida de sua imagem acabará, mais cedo ou mais tarde, entregando seus pontos fracos -, explica.
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Normalmente, diz Talita, os candidatos preferem não divulgar que contrataram especialistas de moda e procuram os profissionais para obter dicas e adaptá-las ao seu cotidiano.
– Mas há, também, outros que precisam de uma consultoria mais detalhada, participam de um processo de análise das roupas, da descrição do perfil a seguir, da compra ou sugestão de peças novas para o look.
Armadilhas
Além de pensar em propostas de campanha, os candidatos precisam cuidar com peças e características físicas que deixam seu visual negativo:
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– Ombros evidenciados, joias chamativas e cintos com grandes fivelas transmitem uma impressão de arrogância, soberba.
– Jeans surrado, camisetas ou agasalhos deixam o político com ar submisso.
– Cores muito escuras/preto sugerem desconfiança.
– Ombros caídos e olheira mostram que o cansaço é evidente.
– Jeans com efeitos, como lavagem, jaquetas desproporcionais e barba por fazer vendem a ideia de relaxamento, despojamento.