Com a prisão em flagrante de cinco catarinenses, a Polícia Civil frustrou um ataque a um caixa eletrônico do Banrisul, em Três de Maio, no noroeste do Estado, no final da noite desta sexta-feira.
Continua depois da publicidade
No meio da tarde, um alerta ecoou pelas delegacias regionais da Polícia Civil em Santo Ângelo, Santa Rosa e Ijuí. Uma quadrilha, investigada havia um mês, preparava-se para realizar mais um ataque. Para evitar o crime, um efetivo de 50 policiais, entre investigadores e delegados, foi mobilizado na região.
– Sabíamos que poderia acontecer o arrombamento numa agência do Banrisul, mas não tínhamos certeza do município – conta o delegado regional de Santa Rosa, Márcio Steffens.
A polícia estava no encalço do bando desde que agências bancárias da região começaram a ser violadas – ocorreram ataques em Giruá, Ubiretama e Alegria, municípios coloniais do noroeste do gaúcho, com população inferior a 20 mil habitantes. Nos três casos, criminosos utilizaram-se do mesmo método: romperam o aço dos caixas eletrônicos com auxílio de maçarico.
Na sexta-feira, porém, o bando não teve sorte. No momento em que foram flagrados entrando numa agência no centro de Três de Maio – cidade de 23 mil habitantes, colonizada por alemães, um dos possíveis alvos da quadrilha -, policiais, localizados estrategicamente, comunicaram o comando da operação. Em minutos, cerca de 50 investigadores cercaram a agência e prenderam o grupo.
Continua depois da publicidade
Naturais de Joinville (SC), quatro homens e uma mulher chegaram ao município, horas antes, utilizando um Uno prata locado, emplacado em Belo Horizonte, e um Fiesta vermelho, com placas de Santa Catarina. Eles foram levados para o Presídio de Santa Rosa.
Na manhã deste sábado, após ouvir os suspeitos, a polícia cogitou a hipótese de que pelo menos um dos integrantes faça parte de uma das mais perigosas organizações criminosas do Brasil.
– Estamos investigando se o grupo tem relação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) – complementa o delegado Steffens.
Um outro fato chamou atenção do delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira, responsável pela regional de Santo Ângelo.
Continua depois da publicidade
– Um dos presos comentou que não queria voltar para Joinville porque iriam matá-lo no presídio. É possível que ele integre um grupo maior – analisa Sodré.
Na operação, a polícia chegou a efetuar disparos para intimidá-los, o que resultou em um criminoso ferido sem gravidade