O segundo debate oficial dos candidatos a prefeito de Florianópolis, promovido na manhã desta quinta-feira pelo Diário Catarinense no estúdio da TV Com, foi marcado pelas discussões e questionamentos em torno da mobilidade urbana e da efetiva funcionalidade dos terminais de integração, tanto da Ilha quanto do continente.
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Na primeira etapa, os cinco candidatos responderam perguntas relacionadas ao resultado da pesquisa feita pela Instituto Mapa para a RBS Santa Catarina. Por sorteio, Gean Loureiro (PMDB), candidato que detêm a maior aliança na disputa, foi o primeiro a falar. Em seguida, Elson Pereira (PSOL), Murilo Flores (PSB), Angela Albino (PCdoB) e Angela Amin (PP) responderam aos questionamentos que foram desde como combater a corrupção no Legislativo até como recuperar a confiança dos eleitores na política e manter o contato com a população.
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Já na segunda etapa do debate, os candidatos responderam perguntas de tema livre que, no geral, giraram em torno de questões políticas e partidárias de cada um dos postulantes. Nessa parte, o candidato sorteado respondia ao questionamento e um segundo político, também definido por sorteio, tinha o direito de comentar a resposta.
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Angela Amin, que abriu a sequência de perguntas e teve o candidato Gean para fazer comentários. A candidata voltou a falar sobre a questão dos terminais, e Gean usou a palavra para criticar, novamente, o funcionamento deficitário do sistema.
Em seguida, Murilo respondeu como conseguiria governar sem política, já que o mote da sua campanha é ser técnico. Sorteada para comentar, Angela Amin ponderou que a política sempre fará parte das gestões. O terceiro candidato chamado na bancada foi Gean, sendo que, por sorteio, Murilo poderia comentar sua resposta. Gean, nesse caso, respondeu se queria se desvincular do exemplo de outras gestões, já que na propaganda política ele não citava nomes, mas mostrava obras.
Em seguida, Elson foi questionado sobre como conseguiria governar sem aliados diretos. Quem o retrucou foi Angela Albino, que citou a política representativa. Por fim, Angela Albino respondeu sobre o embate entre as siglas na sua campanha. Elson foi sorteado para comentar.
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Na terceira etapa os candidatos perguntaram entre si. Novamente os assuntos se concentram no transporte coletivo e na mobilidade urbana. Quem abriu essa fase foi o candidato Gean que perguntou para Angela Amim o que ela pretende fazer com relação ao trânsito da Capital. Amin pontuou que quer liderar a implantação do Plamus, fazendo com que o transporte público seja digno, não só em Florianópolis, mas também nas cidades vizinhas.
Com a palavra, Amin perguntou para Elson se o candidato conhece em detalhes o Plamus, bem como as necessidades da cidade. Murilo pontuou que, na visão dele, o centro da questão são as pessoas e não a frota de veículos da cidade, como já vinha sendo citado anteriormente. O tema teve continuação na próxima pergunta, mas dessa vez quem respondeu foi Angela Albino.
Questionada por Murilo quais mudanças ela faria no atual sistema de transporte coletivo para que se consiga modificar o cenário e tornar o transporte coletivo o carro chefe da movimentação das pessoas na cidade, Albino pontuou que existe o eixo político e o técnico. No técnico, ela apontou que é preciso dar espaço para o ônibus _ focando na região da Grande Florianópolis_, não apenas se preocupar em desafogar o trânsito dos carros.
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Em seguida, Angela Albino perguntou para Elson Pereira. O candidato deveria responder sobre qual é a sua opinião sobre a assistência social e os moradores de rua. Sobre o tema, Elson concordou com a fala da candidata de que assistência social não é assistencialismo e defendeu a implantação de políticas públicas nesse caso. Por fim, Elson perguntou para Gean.
Na sua fala, Elson questionou qual era a responsabilidade de Gean no que ele denominou como ‘caos’, situação que teria se instaurado na cidade durante últimos mandatos dos partidos PP e PMDB. Gean respondeu que os governos tiveram gestões distintas, sendo um com características conservadoras e o outro, do qual ele fez parte, com linhas progressistas, dando atenção aos bairros.
Última etapa teve defesa de convicções e agradecimentos
No quarto bloco do debate, cada candidato teve dois minutos para fazer suas considerações finais. O primeiro a falar foi Murilo Flores, que defendeu uma gestão técnica à frente da prefeitura da cidade.
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– O que nós estamos propondo é, definindo politicamente, no debate com a sociedade, o rumo que a cidade irá tomar, a gestão que temos que fazer tem de ser técnica. Não pode o gestor ficar pensando se a decisão vai ser boa ou ruim para o seu futuro político – disse o candidato do PSB.
Elson Pereira foi o segundo a fazer as considerações finais e defendeu que sua coligação não fugirá das convicções dos partidos que a compõem:
– Nosso programa está servindo de base para outros discursos, mas nós não vamos fugir das nossas convicções e não vamos fazer nenhuma tática eleitoral. Nós acreditamos naquilo que pregamos. Nosso número de propostas para transformar Florianópolis em uma cidade de bem viver é muito grande.
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A terceira a falar foi Angela Albino, que defendeu uma renovação no comando da Capital:
– Nós precisamos de um marco novo, precisamos apontar para o futuro. Herdamos uma cidade com grandes belezas, mas com grandes entraves. Devemos focar em desenvolvimento econômico baseado em qualidade de vida, em cultura, em ciência em tecnologia, em maricultura, na pesca.
Gean Loureiro encerrou sua participação no debate agradecendo o apoio que tem recebido dos eleitores.
– Quero agradecer o carinho, a adesão, o sentimento das ruas. Vamos governar a cidade com plenitude, com a autoridade que me responde como prefeito, mas não com autoritarismo, e sim consultando a população – disse o candidato.
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A última a se despedir de quem acompanhava o debate pelo Facebook do DC foi Angela Amin, que defendeu governar a cidade com toda a energia e apresentar resultados à população:
– Quero fazer com que mais crianças tenham direito à vida, aquilo que nós fizemos pela cidade de Florianópolis, que a criança tenha a nutrição adequada, acesso a creche. É isso que nós queremos fazer. Queremos fazer de novo aquilo que nós fizemos bem. Erramos, mas fizemos muito mais bem à cidade de Florianópolis.