Dirigentes da Associação e Federação de Hospitais de Santa Catarina e diretores de hospitais filantrópicos saíram frustrados da reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. Anunciada com muita expectativa de que seria marcada de atos concretos do setor saúde, a reunião no Conselho Regional de Contabilidade teve um balanço decepcionante.

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O ministro falou durante mais de uma hora, fez um balanço dos 200 dias de gestão na pasta, destacou o esforço do Fórum Parlamentar Catarinense em aprovar emendas para a saúde no orçamento de 2017, mas nada que trouxesse alento aos hospitais filantrópicos. Ao contrário, chegou a afirmar que estes hospitais devem ser mantidos pelas comunidades e não pelos governos.

Jogou uma ducha de água fria sobre os diretores ali presentes, sobretudo, porque a grave crise financeira do setor foi provocada pelo congelamento das tabelas do SUS há 12 anos.

A presença do presidente da Caixa pouco acrescentou. As linhas de financiamento que lançou no evento decepcionaram os diretores. Ele apresentou taxas de juros de 1,7% ao mês, consideradas inviáveis para a maioria dos hospitais.

O presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos (Fehosc), Hilário Dalmann, chegou a questionar o presidente da CEF: “Por que a saúde tem que pagar juros tão elevados se o setor automotivo e a agricultura pagam a metade do que está sendo oferecido?”

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E enfatizou que “esta taxa precisa ser revista”.