Um cabo de guerra inédito está rachando o Partido Social Liberal, o PSL do governador Moises e do presidente Bolsonaro, aqui em Santa Catarina. A bancada federal do partido, majoritariamente, enviou requerimento ao presidente nacional, Luciano Bivar, pedindo a destituição da atual Executiva Estadual, presidida por Lucas Esmeraldino, o vereador de Tubarão que instalou mais de 140 comissões provisórias municipais no ano passado e escolheu Carlos Moisés da Silva como candidato a governador.
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O documento, assinado por três dos quatro deputados federais eleitos pelo PSL, acusa Esmeraldino de criar uma nova Executiva no final do ano passado, com nomes de seu grupo politico e pessoal, sem ouvir as principais lideranças. E diz que tem documentos comprovando a falta de condições dos novos dirigentes. Outra crítica contida na nota contra Esmeraldino refere-se a sua nomeação para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Sustentável ao novo governo.
Já a bancada estadual, constituída por seis deputados, divulgou nota de apoio a Esmeraldino, com créditos pela eleição de Moises ao governo e pela votação excepcional de Bolsonaro em Santa Catarina. Estes parlamentares estão sendo prestigiados no novo governo com nomeações de correligionários, candidatos derrotados e cabos eleitorais para vários cargos no governo estadual.
De acordo com o Centro Administrativo, o governador Moisés não vai se pronunciar sobre esta crise em seu partido. As atenções voltam-se agora para Brasilia sobre a decisão a ser tomada pelo presidente nacional do PSL.
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