O Estado de Santa Catarina continua sem prestigio político em Brasilia e no setor de infraestrutura desprezado pelo governo federal.

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Esta a conclusão a que chegaram autoridades, técnicos e lideranças empresariais na apresentação da Agenda da Indústria para a Infraestrutura de Transportes.

Com dados oficiais mostraram todos a dramática realidade do setor rodoviário federal do Estado, em situação precária, carente de investimentos urgentes e sem recursos para execução de obras inadiáveis.

Começa pela realidade da Grande Florianópolis. A Via Expressa é considerada o quilometro zero da BR-282, a rodovia que corta o Estado no sentido leste oeste. Para a realização de projetos de melhoria do trânsito seriam necessários 500 milhões de reais. O governo não garante nem 10% disso. Muito pior: a construção da terceira faixa da via expressa é uma obra reivindicada pela população da micro região há muitos anos. Pois não há sequer projeto de engenharia. Ele está em elaboração, segundo o diretor interino do DNIT.

As obras de duplicação da BR-470 caminham como tartaruga.

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O lote 1 da duplicação tem contratados R$ 205 milhões e foram liberados apenas R$ 30 milhões.

O lote 2 tem R$ 350 milhões contratados mas apenas R$ 50 milhões disponíveis.

O lote 3 previa R$ 178 milhões de contrato, mas só R$ 38 milhões disponíveis.

O lote 4 está com obra paralisada. As desapropriações não foram feitas. Contrato de R$ 216 milhões e zero de recursos liberados.

Com a tão sonhada duplicação da BR-280 a situação é pior ainda. O trecho entre São Francisco do Sul e a BR-101 nem foi iniciado. É fundamental para o funcionamento do porto e incremento do turismo nas praias do litoral norte.

E o cenário das deficiências de rodovias se espalham por todo o Estado. Um Estado que dá uma extraordinária contribuição para o Brasil em exportações, invocações tecnológicas e arrecadação de tributos não tem mínimo retorno. Seu futuro poderá ficar irremediavelmente comprometido.