O rombo nas contas públicas do governo de Santa Catarina é muito maior do que o anunciado, segundo revelou o governador Moisés da Silva na primeira entrevista a imprensa. A dívida de curto prazo, que inclui pagamento a fornecedores, totaliza 700 milhões de reais. O ex-governador Eduardo Moreira havia mencionado 500 milhões.
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O deficit público está em 2 bilhões e 500 milhões. O novo governo anunciou medidas para cortar um bilhão e 40 milhões de reais. Pretende cortar 750 milhões de isenções fiscais, economizar com a extinção de 922 cargos comissionados e outras ações com valores bem menores.
A esperança está nas ações do governo Bolsonaro visando o desenvolvimento, que podem gerar aumento de receita. Como se previa, o grande desafio do novo governo está nas finanças públicas. Além do deficit bilionário, três ações judiciais estão em execução e totalizam mais de 12 bilhões de reais.
O governador anunciou prioridade para investimentos em infraestrutura rodoviária. O problema é que o Tesouro não tem recursos e o governo terá dificuldades em obter financiamentos, porque não cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No primeiro dia do governo surgiram as primeiras críticas sobre a formação da nova equipe. O deputado Kennedy Nunes, do PSD, está veiculando manifestação contra a exclusão de Joinville do secretariado. Afirma que a cidade é a que gera mais empregos e mais arrecada. E foi ignorada por Moisés da Silva. Segundo ele Joinville virou a quinta roda da carroça.
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