O prefeito de Joinville, Udo Döhler, do MDB, está fazendo advertências procedentes sobre o chamado “pós crise” da greve dos caminhoneiros. Fez uma avaliação sobre os efeitos dramáticos da paralisação e constatou que em sua cidade os serviços municipais funcionaram normalmente. Transportes coletivos, escolas, unidades de saúde e serviços da prefeitura não tiveram interrupção. Mas os dez dias sem vendas reduziram a arrecadação da prefeitura em 25% só nas transferências do IPVA, ICMS e Simples Nacional. Udo Döhler argumenta que a cadeia produtiva levará vários dias para ser integralmente reativada e isto vai repercutir negativamente na receita dos municípios, Estado e União.

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Joinville está com a folha salarial comprometendo 50,3% da Lei de Responsabilidade Fiscal, portanto, praticamente no limite. Com a redução nas receitas este índice tende a se elevar, criando problemas legais e financeiros.

Há risco de problemas com os setores e profissionais que dependem da gasolina, que continua sendo reajustada periodicamente.

Outra análise técnica: mesmo que o diesel tenha redução de 46 centavos o litro, as tarifas de transporte coletivo nos municípios não deverão sofrer redução, porque as planilhas de custos não permitem.

O prefeito sugere que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja flexibilizada e que os municípios possam fazer alterações orçamentárias em rubricas. Estas medidas viabilizariam o pagamento da folha salarial e dos fornecedores.

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Udo Döhler teme que surjam problemas graves nas prefeituras sem medidas preventivas.

Ouça o comentário de Moacir Pereira: