PMDB e PSDB garantiram os votos para restabelecimento pleno das prerrogativas do senador Aécio Neves, punido pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal com prisão domiciliar noturna.
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O placar foi apertado. Eram necessários 41 votos para salvar o senador mineiro e foram dados 46 votos contra a decisão judicial.
O Palácio do Planalto e os dirigentes dos partidos da base do governo mobilizaram-se para dar a vitória a Aécio Neves. O senador Romero Jucá, que sofreu cirurgia recentemente em seu Estado, fez esforço de participação na votação. Senadores que estavam no exterior foram recrutados para a votação emergencial. E o catarinense Paulo Bauer, que é líder do PSDB, estava ausente durante os debates. Sofreu mal súbito, teve aumento de pressão e foi submetido a exames no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal. Foi à votação de ambulância.
A votação representou enfrentamento do Senado contra o Supremo. Foi uma resposta do Congresso ao STF. Constituiu voto corporativo, pois 18 senadores que votaram com Aécio Neves estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal. E envolveu diretamente o presidente Temer, que sai fortalecido com o resultado e deve hoje ser vitorioso na Comissão de Justiça da Câmara Federal, com provável rejeição da segunda denuncia de Rodrigo Janot.
Os três senadores de Santa Catarina- Paulo Bauer e Dalirio Beber, do PSDB, e Dário Berger, do PMDB – votaram a favor de Aécio Neves.
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