Semana curta de apenas três dias neste fim de ano registra uma situação inédita no governo e na politica de Santa Catarina. O novo governador, Carlos Moisés da Silva, vai assumir o comando do Estado dentro de seis dias e a população ignora quais são suas principais prioridades, o secretariado não está completo, o segundo escalão tem definidos apenas alguns nomes e a Secretaria da Educação, área estratégica, está sem titular escolhido.
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Ampliam-se, assim, as expectativas em torno da nova gestão, marcada até agora de muitas dúvidas e incertezas. Este cenário insólito é, de alguma forma, consequência da virada surpreendente registrada nas eleições. Nem o governador eleito sonhava com a inesperada vitória. Pesquisadores, analistas, dirigentes partidários, experientes parlamentares e líderes políticos apostavam suas fichas na ida para o segundo turno de Gelson Merísio (PSD) e Mauro Mariani (MDB). Moisés entrou na onda Bolsonaro, foi para o segundo turno e conquistou 71% dos votos.
Eleito, foi blindado ou isolou-se sem falar à sociedade que o elegeu. Segundo assessores estaria ganhando tempo para se inteirar dos números, conhecer melhor o governo e ter um diagnóstico mais preciso sobre a situação do Estado. Inovou na formação parcial do governo, escolhendo auxiliares de sua corporação sem a presença de gestores e políticos experientes. Com a votação recebida, tem respeitável prazo de carência. Mas a contagem regressiva da cobrança começa na próxima semana com a posse.