Milhares de pacientes com hepatite C estão sem receber medicamentos do SUS há mais de três meses em Santa Catarina e no resto do Brasil. O ministério da Saúde atrasou a licitação para compra do remédio, informa que a última concorrência não teve propostas e nem dá noticias sobre previsão de compra em caráter emergencial.
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Aqui no Estado são mais de 500 pacientes credenciados na Secretaria da Saúde que estão sem o medicamento que é fundamental para cura da doença e, sobretudo, para agravar o estado de saúde dos doentes. Esta irresponsabilidade do Ministério da Saúde e uma certa leniência da Secretaria Estadual da Saúde já se registrou este ano com as mulheres com câncer de mama. Elas também ficaram sem os medicamentos.
Segundo os especialistas, o atraso na aplicação dos remédios pode tornar o câncer irreversível, levando a perda de preciosas vidas humanas. Enquanto isso, foram divulgados os valores bilionários que estão sendo distribuídos aos partidos políticos nas eleições deste ano. Dinheiro do contribuinte que totaliza mais de dois bilhões e 500 milhões de reais. O Fundo Eleitoral vai liberar 1 bilhão e 716 milhões de reais, uma vergonha nacional criada no ano passado pelos parlamentares para beneficiar os candidatos. Já o Fundo Partidário terá mais 888 milhões de reais.
A indecorosa lista dos beneficiários começa com a liberação de 234 milhões de reais para o MDB, segue com seis partidos com mais de 100 milhões cada, outros 15 partidos recebendo acima de 10 milhões de reais e 7 com mais de 3 milhões de reais. Milhões para partidos que nada representam, fazem muito pouco pela população e que não tem a menor importância na vida pública. É vergonhoso ver tanto dinheiro para partidos e campanhas e testemunhar falta de medicamentos básicos que podem causa a morte de pacientes. Chega a ser revoltante.
Ouça o comentário de Moacir Pereira
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