A estratégia adotada pelo ex-presidente Lula de enfrentar os inquéritos e denúncias com a politização de todos os atos dos processos está se revelando insuficiente para contestar as graves acusações de lavagem de dinheiro, recebimento de propinas e corrupção passiva feitos pelos procuradores da República em Curitiba, São Paulo e Brasília.

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Os líderes de PT, CUT e MST chegaram a anunciar uma multidão com mais de 50 mil pessoas no centro de Curitiba, em comícios de solidariedade ao ex-presidente. Segundo a Polícia Militar lá estiveram cerca de 10 mil. Incentivados com transporte e alimentação.

Setores da população repetem a indagação: se Lula é inocente como diz por que precisa de 87 testemunhas para se defender? Se não há provas contra ele por que os advogados de defesa recorrem em todas as instâncias para obter o adiamento de atos processuais? Por que um simples interrogatório, tão comum na justiça criminal de todo o Brasil, exigiu mobilização de um grande aparato de segurança, com despesas milionárias do poder público, nos três níveis?

As respostas encontram base no desejo dos advogados e do esquema político do ex-presidente de protelar os atos processuais e retardar a sentença do juiz Sérgio Moro. Pela lógica, temem a condenação do réu e sua consequente prisão em caso de confirmação pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, que tem ratificado, no geral, todas as decisões da primeira instância.

O jogo político da mobilização partidária e sindical pretende transformar uma ação judicial num fato político. A conferir se, além das delações estarrecedoras dos maiores empresários, todos amigos de Lula, quais as provas sob sigilo dos procuradores da Lava-Jato em Curitiba.

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Confira o comentário de Moacir Pereira na CBN Diário, na manhã desta quinta-feira, dia 11: