É grave o que vem acontecendo em Santa Catarina com a greve dos caminhoneiros. As últimas notícias revelam um cenário caótico, sem controle e com tendência de se agravar ainda mais.
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Hoje e amanhã estarão paradas todas as unidades da Aurora, a maior cooperativa agrícola do Estado e a segunda maior do Brasil. A BRF, que controla a Sadia e a Perdigão, suspendeu a produção em suas unidades de Chapecó, Concórdia, Campos Novos e Herval d’Oeste. E a JBS também anuncia paralisação de várias plantas em Santa Catarina.
A indústria de lacticínios anuncia que algumas empresas já estão parando a produção de leite.
A Associação e as Federações de Hospitais do Estado emitiu nota sobre o quadro delicado de várias unidades particulares e filantrópicas, com falta de medicamentos e cancelamento de cirurgias eletivas no interior.
Redes de supermercados já registram desabastecimento de produtos em todo o Estado. Não conseguem fazer a reposição. E a tendência é piorar ainda mais se a greve não acabar.
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Filas registram-se na capital e interior nos postos de combustíveis já na noite de hoje e durante a madrugada.
Pior, há registros de praticas de crimes contra a economia popular com reajustes escorchantes. Há cupons fiscais comprovando que o litro da gasolina foi vendido em Criciúma por R$ 6,49. E – vejam o absurdo – de R$ 6,99 em um posto de Tijucas, na Grande Florianópolis.
O governo estadual realizou reunião de emergência na Defesa Civil para avaliação da conjuntura.
Inexplicável é a posição do governo federal. Tem ministérios de Inteligência, de Segurança Pública e dos Transportes. E não sabia que a situação dos caminhoneiros era explosiva.
Esta greve revela mais: que a classe política está desconectada da economia e da sociedade. E o Congresso Nacional, isolado em Brasília.
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Ouça o comentário de Moacir Pereira: