A greve dos caminhoneiros está afetando vários serviços públicos e particulares aqui em Santa Catarina. O expediente, os prazos e as audiências no Poder Judiciário foram suspensos até o dia 1º de junho. Um comitê especial foi constituído, com a participação de várias instituições, para reuniões e avaliações diárias sobre os efeitos da crise.

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Os principais hospitais particulares e filantrópicos da Grande Florianópolis suspenderam os procedimentos agendados. Querem garantir a assistência dos casos emergenciais.

As aulas estão suspensas hoje nas Universidades Federal e Estadual e na Unisul. O calendário da semana vai depender do abastecimento de combustíveis nos postos da região e do Estado.

O transporte coletivo na capital continua funcionando precariamente com horários especiais.

O movimento dos caminhoneiros aqui em Santa Catarina revelou no fim de semana uma impressionante adesão dos mais diferentes setores da sociedade. Sábado e domingo foram registradas passeatas, carreatas e concentrações com grande adesão popular.

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Estes protestos não foram apenas pelas reivindicações dos caminhoneiros. Adquiriram uma dimensão muito maior. Foram contra a corrupção, contra a atual carga tributária, contra o isolamento de Brasilia. Um sinal claro de que o povo cansou de tanta desconexão entre os anseios da população e as decisões dos governantes e dos polítics no Planalto Central.

A situação em Santa Catarina é mais grave no oeste. As entidades dos criadores de aves e suínos e ligadas às agroindústrias alertam para o risco de canibalização das aves e as ameaças da sanidade animal.