Agrava-se a delicada situação do agronegócio de Santa Catarina com a greve dos caminhoneiros. A Aurora, maior cooperativa agrícola do Estado e a segunda do país, anunciou a paralisação total das atividades nas unidades de processamento de aves e suínos de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A paralisação será amanhã e sexta-feira.

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A diretoria da Aurora emitiu nota esclarecendo que a capacidade de estocagem de produtos está exaurida e a manifestação dos caminhoneiros atingiu toda a cadeia produtiva, a partir da negativa de fornecimento de insumos. O escoamento da produção também foi atingido.

As máquinas vão parar em sete indústrias de aves e oito indústrias de suínos. Atingirão 28 mil trabalhadores diretos, que serão dispensados do trabalho. E prejudicarão diretamente 8 mil produtores rurais, forçados a adotar restrições nos plantéis de aves, suínos e bovinos.

De acordo com os técnicos da Aurora, a paralisação vai atingir um plantel de 32 milhões de frangos e um milhão e 260 mil suínos. Outros 2 milhões e 400 mil suínos deixarão de ser processados.

E para completar este cenário dramático: 300 caminhões câmaras-frias, 200 caminhões com cargas vivas e 120 caminhões de ração por dia deixarão de circular.

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A medida é inédita na história do agronegócio. Terá efeitos mais dramáticos nas várias pontas: nos criadores de todo o oeste, no comércio do grande oeste e na arrecadação dos Estados e municípios.

Ouça o comentário de Moacir Pereira: