As atenções políticas de Santa Catarina e do Brasil voltam-se hoje para o Senado Federal. Está prevista na pauta a votação do oficio do STF sobre prisão domiciliar noturna imposta ao senador Aécio Neves, do PSDB, acusado de receber propinas do grupo JBS.
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Um cenário político crítico e manobras de bastidores tornam imprevisíveis as decisões do Senado. Mantida a tradição, a votação deverá ser aberta. Neste caso, muitos senadores terão constrangimento em salvar a pele do senador mineiro. A hipótese de votação secreta, que teoricamente beneficiaria Aécio Neves, parece descartada pelos ritos anteriores e por decisões judiciais.
A ausência de pelo menos 12 senadores do país, em viagem ao exterior, também torna o resultado ainda mais incerto.
O eleitor catarinense estará mais atento a Brasilia sobre o voto dos três senadores. Nenhum deles antecipou como vai votar no Senado.
E os três destacaram que não se trata de salvar ou condenar o senador Aécio Neves, mas de uma questão institucional.
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Paulo Bauer e Dário Berger admitem que é um momento muito difícil para o Senado. Se avalizar a punição da primeira turma do STF, o Senado estaria se curvando ao voto de apenas três ministros.
Restabelecendo as prerrogativas integrais de Aécio Neves, ficará impedido de votar por punições a outros senadores já réus no Supremo, como Renan Calheiros do PMDB e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, ambos por propinas e atos de corrupção.
O fato novo desta votação está nas redes sociais. O eleitor acompanha atento o que os senadores decidirem em Brasília.
Ouça o comentário de Moacir Pereira na íntegra: