Durante longo pronunciamento político para um grupo fechado de líderes petistas, o ex-presidente Lula contestou a denúncia do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e corrupção. Optou pelo discurso político. Apresentouse como vítima. Fez retrospectiva de sua vida sindical, partidária e pública e, sem ser original, culpou a imprensa.

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Lula reeditou Fernando Collor. Em agosto de 1992, atingido também por uma saraivada de denúncias de envolvimento em atos de corrupção, o então presidente convocou os brasileiros para saírem às ruas com a bandeira nacional. Milhões de cidadãos de todos os credos, partidos, idades e raças saíram de caras pintadas, verde e amarelo, para pedir o impeachment de Collor.

Agora, Lula convocou a militância para protestar com “camisas vermelhas”. Ignorou protestos de milhões e milhões de brasileiros que, orgulhosos e emocionados com as solenidades e conquistas da Olimpíada Rio 2016, e com as pacíficas e monumentais manifestações dos últimos três anos, rejeitaram de forma contundente as bandeiras vermelhas. Elas eram confundidas com corrupção, desordem, vandalismo e recessão.

A equivocada convocação de Lula teve outro fato negativo. Em nenhum momento, o ex-presidente refutou as graves acusações de ser “comandante do esquema de corrupção” ou se referiu aos correligionários e amigos do PT, do PMDB e do PP, condenados, presos, investigados ou na cadeia. Todos por ele nomeados ou apadrinhados. Quando faz a defesa com discurso exclusivamente político, Lula pode até sensibilizar a militância petista. Mas pouco esclarece sobre as graves acusações que envolvem seu nome no Mensalão e no Petrolão.

Humanização

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A nova presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, pretende dar prioridade ao setor carcerário brasileiro, em especial o tratamento dispensado às mulheres nas prisões. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Torres Marques, em reunião com a ministra, atenção especial será dada ao “ser humano encarcerado”.

Medalha de ouro

O vinho Chardonay 2014, da Vinícola Abreu Garcia, produzido em Campo Belo do Sul, conquistou a Medalha de Ouro no Concurso Mundial que se realiza em Bruxelas. O concurso está em sua 14ª edição na versão brasileira. O novo título da Abreu Garcia ocorre no décimo ano da vinícola criada e mantida pelo médico Ernani Garcia.

Aeroporto

Câmara de Transporte e Logística da Fiesc tem reunião marcada para esta sexta-feira, às 14h. Dois temas relevantes na pauta: a situação do aeroporto Hercílio Luz, projeto que se arrasta por pelo menos 12 anos e agora está no programa de concessões; e a dramática realidade do porto de Itajaí, com prejuízos milionários por atraso nas obras de dragagem e da nova bacia de evolução.

Voz Única

A implantação de um aeroporto regional e a concessão de incentivos para desenvolver a indústria da inovação constam do documento “Voz Única”. Coordenado pela Associação Comercial e Industrial do Oeste Catarinense (Acioc), em parceria com a OAB local, conta com o respaldo de 34 entidades. Está sendo entregue aos candidatos ao prefeito de Joaçaba. E prevê ao eleito um sistema de cobrança nos próximos quatro anos.

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Incentivo

A Engie Brasil Engenharia (ex-Tractebel) promoverá entre 21 e 23 de setembro, no Parque Ambiental de Capivari de Baixo, o primeiro evento do Projeto Capacitar. Constará de palestra com especialistas e distribuição de cartilhas visando promover o acesso de pessoas físicas e jurídicas a incentivos fiscais da Lei Rouanet, Pronas e FIA. Serão distribuídas cartilhas sobre os processos de obtenção desses incentivos financeiros.

Ausências

Lideranças empresariais de Chapecó e do Oeste celebram o sucesso da Mercoagro, a maior feira de inovação tecnológica do setor de carnes das Américas e a segunda mais importante do mundo. Lamentaram, contudo, a ausência das autoridades. O governador Colombo estava em Brasília, o vice Eduardo Moreira fazia campanha no Sul e lá não esteve o presidente da Assembleia, Gelson Merisio, ou ao menos um parlamentar. Inexplicável!