O Brasil está melhorando. Virou mais uma página triste de sua história com a cassação do expresidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). Poderoso e manipulador, conseguiu ser o protagonista político do Legislativo durante quase um ano. Para um país de dimensões continentais, mergulhado numa gravíssima crise e impactado pela roubalheira, foi desastroso o calendário que Cunha impôs aos brasileiros.

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O eleitor catarinense não tem do que se queixar. Dos 16 deputados, 15 votaram pela punição do cínico parlamentar. E apenas um único voto de apoio: do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB). É a leitura consensual em Brasília e os fatos não deixam dúvidas. Quem se absteve ou se ausentou da sessão estava fechado com Eduardo Cunha. Portanto, avalizando seus depósitos milionários nos bancos suíços, as propinas polpudas de negociatas denunciadas na Lava-jato e fraudes escandalosas descobertas pela Polícia Federal.

Lamentável foi o day after de Peninha. Não atendeu ao celular, sua secretária no gabinete de Brasília mentiu para os jornalistas, o assessor de imprensa desligou os dois celulares, com a assessoria negandose até mesmo a dizer se Peninha estava no gabinete.

Mais tarde, emitiu nota elogiando Eduardo Cunha, seu aliado em projetos e “decisivo para o impeachment de Dilma”, destacando apoio em verbas e dizendo:

“Parlamentar só deve ser julgado pela Justiça e pelas urnas.” E acrescentou duas frases emblemáticas: “Cunha não foi a julgamento por corrupção, mas por falta de decoro”; e “Não tenho rabo preso com ninguém”. Definiu os que cassaram Eduardo Cunha como “oportunistas“.

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Em dia

A crise econômica não está afetando o cronograma de algumas obras do DNIT em Santa Catarina. O engenheiro José Carlos Portela, da Sul Catarinense, por exemplo, está duplicando o trecho da BR-280 entre Guaramirim e a BR-101, e faz a restauração da BR-282, trecho de Florianópolis a Lages. Os pagamentos – garante – estão rigorosamente em dia. No governo Dilma atrasavam até seis meses. Problema agora está no orçamento de 2017.

Energias renováveis

Previsto para os dias 26 e 27 de outubro, em Florianópolis, o Seminário de Tecnologia Santa Catarina-Áustria sobre Tecnologia de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Sustentabilidade. Tem o apoio do governo estadual, da Fiesc, Fecam, Ciga, Egem e Aris. Terá palestras de especialistas austríacos em tecnologias de tratamento de dejetos e resíduos de aves e suínos em energias renováveis, além de suporte técnico da austríaca OeKB.

Afastamento

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, requereu no Supremo Tribunal Federal o afastamento de Elizeu Mattos (PMDB) do cargo do prefeito de Lages. Mattos foi investigado na operação Águas Limpas, do Gaeco, preso e afastado do cargo em 2 de dezembro de 2014. Em 2 de outubro de 2015, retornou ao cargo com liminar do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que acolheu pedido do advogado Ruy Espíndola.

A decisão

O pedido de Rodrigo Janot contém acusações contra o prefeito de Lages, citando fatos relacionados com a denúncia do Ministério Público estadual. A decisão sobre manutenção ou cassação da liminar será da ministra Carmen Lúcia, nova presidente do STF. Mattos se declara tranquilo, alegando que inexistem fatos novos e que a instrução do processo foi concluída pelo Tribunal de Justiça.

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Repetição

A Prefeitura executou obras e mudou o curso do polêmico Rio do Brás, na praia de Canasvieiras, na Capital. As águas do rio surgiram escuras e poluídas, incluindo espuma branca. Quer dizer: muito barulho no verão passado e perspectivas sombrias de solução para este ano. Até quando?

Saúde

A nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, representa o renascer de esperanças para todos os brasileiros. Seu exemplo, sua postura e suas sábias intervenções revelam uma nova página no Judiciário. Fez brilhante pronunciamento e, no primeiro dia de trabalho, reuniu-se com os governadores, presente Raimundo Colombo. Entre os temas impactantes, a crescente judicialização da saúde.