Moacir Pereira: 11 dos 16 deputados catarinenses votaram contra o imoral fundo bilionário de campanha

A Câmara Federal aprovou ontem a noite a criação do Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanhas para vigorar já nas eleições de 2018. Uma manobra regimental permitiu mais este esbulho da representação política. O Fundo funcionará com 30% dos recursos previstos nas emendas de bancadas que todos os anos beneficiam diretamente Estados e Municípios.

A aprovação só foi possível graças a uma mobilização do PMDB, do PT e do PCdoB. 209 deputados votaram contra mais esta imoralidade política de Brasilia.

A bancada catarinense na Câmara votou majoritariamente contra o projeto. Dos 16 deputados, 11 ficaram contra. Os petistas Décio Lima e Pedro Uczai aprovaram a matéria.

Outro fato que terá repercussão nas eleições do próximo ano veio com a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar atingidos pela Lei da Ficha Limpa todos os políticos punidos antes de 2010. Trata-se de um fato novo que deverá atingir candidatos já lançados aqui mesmo em Santa Catarina.

Ainda na esfera judicial: o ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, condenou o Banco Bradesco a pagar todos os cheques emitidos pelo empresário Samuel Pinheiro, da THS Fomento Mercantil, do famoso caso Samuca, que estourou aqui na Capital em 2007 e 2008. Acolheu tese inédita do desembargador Fernando Carioni, responsabilizando solidariamente os bancos privados por autorizarem emissão descontrolada de cheques.