Em tempos de Dia dos Namorados, fala-se muito em alimentos afrodisíacos – para dar aquela turbinada na relação, o senso comum recomenda comidas “milagrosas”, como ovo de codorna, gengibre, pimenta, canela e chocolate. Mas será que é verdade?

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– A ciência diz que o que tem impacto direto na vida é a alimentação equilibrada, variada. Há mais de 24.000 substâncias nos alimentos que, combinadas no corpo, causam os mais variados efeitos: não é uma questão assim tão pontual. A boa disposição sexual passa pela boa saúde, que vem da boa alimentação – explica o nutrólogo Paulo Henkin.

O mito do ovo de codorna, por exemplo, é uma construção sem nenhum pé na ciência:

– Ele é um ovo como qualquer outro, tem tanta ligação com a libido quanto qualquer outra proteína.

Já outros alimentos ditos afrodisíacos podem fazer algum efeito, mesmo que por outras razões. A pimenta, por exemplo, causa uma certa vasodilatção, que provoca sensações diferentes no corpo, podendo até fazer a pessoa suar – estimula o organismo, mas sem nenhuma ligação com a questão sexual.

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Da mesma forma, o gengibre, o cravo, o chocolate e a canela possuem aromas e sabores naturais agradáveis, que mexem com a sensorialidade, podendo fazer com que a pessoa preste mais atenção aos sentidos e ao corpo – e, assim, talvez incrementando o contato sexual, se inseridos em um contexto propício.

O nutrólogo ressalta que esse efeito está ligado ao conjunto – com o corpo em ordem e com disposição, esses estímulos podem propiciar o clima romântico:

– Não comer muito, não beber muito, comer coisas leves e estimular os sentidos (com um bom banho, um perfume, alimentos de aroma e paladar interessantes) com certeza funcionam melhor que ingerir os ditos afrodisíacos.