Para ajudar a separar o que é boato e o que é notícia correta quando o assunto é a vacinação contra a gripe, reunimos os principais mitos e verdades envolvendo a imunização contra a doença. Lembre-se: a campanha na rede pública segue até o dia 31 de maio em todo o país.

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A vacina da gripe causa a doença?

MITO!

Não, porque na vacina estão apenas fragmentos do vírus Influenza morto, os chamados antígenos. Assim, a dose possui algumas proteínas específicas que ajudam o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Demora para a vacina fazer efeito?

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VERDADE!

De duas a três semanas. Esse é o tempo que o corpo humano precisa para produzir uma boa quantidade de anticorpos contra o vírus. É importante lembrar que, durante esse tempo, ainda é possível pegar gripe. Por isso, muitas pessoas fazem a associação da infecção com a vacina.

A vacina garante mesmo a proteção?

VERDADE!

A vacina é uma imunização ativa, a qual contém antígenos que estimulam a produção de anticorpos pelo corpo. Segundo dados do Ministério da Saúde, a vacina é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e óbitos. Contudo, em poucos casos, a vacinação pode causar febre baixa e dores no local da aplicação.

Existe diferença entre a vacina trivalente e a quadrivalente?

VERDADE!

A vacina trivalente é composta por 3 subtipos do vírus Influenza: H1N1, H3N2 e um subtipo da tipo B, o Victoria. Já a dose quadrivalente é composta pelos mesmos três componentes presentes na trivalente e mais um subtipo B, o Yamagata.

Quem está com gripe não deve tomar a vacina na campanha?

VERDADE!

Segundo médicos, é melhor evitar. Se a dose for aplicada em um doente que piore ao longo das três semanas, período que a vacina demora para fazer efeito, será mais difícil identificar o quadro. Ou seja, se ele tem relação com a vacina ou com o agravamento da infecção. Contudo, quadros leves, como um resfriado, não contraindicam a imunização.

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É preciso tomar vacina todos os anos?

VERDADE!

A DIVE/SC explica que há dois motivos para uma nova dose deve ser tomada anualmente: primeiro porque a imunidade da vacina contra a gripe se mantém por um período seis a 12 meses; segundo porque os subtipos do vírus da gripe sofrem mutações constantes, então a composição da vacina também é modificada. Em 2019, a dose produzida protege contra os três subtipos do vírus da gripe. Esses foram os que mais circularam no Hemisfério Sul no último ano: H1N1, H3N2 e um subtipo do tipo B, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

A influenza é apenas um incômodo e a vacina para a doença não é muito eficaz.

MITO!

Segundo dados da Organização Pan Americana de Saúde a doença mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. As vacinas disponibilizadas pelo SUS imunizam contra os três tipos de gripe mais comuns, que circulam em qualquer estação. Esta é considerada pelo Ministério da Saúde a melhor maneira de reduzir as chances de adquirir influenza grave e de espalhá-la para outras pessoas.

A vacina contra gripe não imuniza contra resfriado.

VERDADE!

De acordo com Diretoria de Vigilância Epidemiológica embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave e pode evoluir para pneumonia. O resfriado é mais brando e dura menos tempo, por isso a vacina só imuniza contra a gripe.

As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso.

MITO!

O Ministério da Saúde explica que o tiomersal é um composto orgânico, que contém mercúrio, adicionado a algumas vacinas como conservante. É o mais utilizado para vacinas que são fornecidas em frascos multidose. O órgão também esclarece que não existe evidência que a quantidade de tiomersal utilizada nas vacinas representa um risco para a saúde.

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Quem pode fazer a vacina pelo SUS?

Crianças de 6 meses a 5 anos de idade;

Gestantes e puérperas, isto é, mães que deram à luz há menos de 45 dias;

Idosos;

Profissionais de saúde;

Policiais civis, militares, bombeiros e forças armadas da ativa

Professores da rede pública ou privada;

Povos indígenas;

Pessoas privadas de liberdade;

Portadores de doenças crônicas que fazem acompanhamento pelo SUS, aqueles que não têm cadastro, devem apresentar prescrição médica para acesso ao imunizante.

Dica importante:

Além da imunização, a DIVE/SC reforça que durante o inverno é importante lavar as mãos com frequência e evitar ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Também é necessário manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, limpos com álcool, e não compartilhar itens de uso pessoal, como copos e talheres.