Quando o assunto é defender pênalti, poucos têm a propriedade do gaúcho Claudio Taffarel, titular da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998. Na decisão do título de 1994, contra a Itália, defendeu a cobrança de Massaro, ajudando o Brasil a conquistar o tetra. Quatro anos depois, na semifinal contra a Holanda, defendeu duas penalidades, entre elas a de Frank de Boer, o que levou o time à final. Hoje, ele é preparador de goleiros do Galatasaray e da Seleção.

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No domingo às 16h, na Arena Condá, o Campeonato Catarinense 2018 pode voltar a ter uma final decidida nos pênaltis depois de 70 anos. Em 1948, o América de Joinville bateu o Paula Ramos na única vez que o título foi às penalidades. Por isso, o experiente ex-goleiro falou o que pode ser decisivo para consagrar Jandrei, da Chapecoense , ou Denis, do Figueirense, em uma eventual necessidade. Isso se dará em caso de empate nos 90 minutos.

Taffarel, preparador de goleiros da Seleção e campeão da Copa de 1994

Como fica a cabeça de um goleiro na hora de uma decisão por pênalti? Como deve ser a preparação psicológica?

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É muito pessoal, depende de cada goleiro. A preparação para chegar em uma decisão de pênalti vem antes e não no momento. Sabendo disso, da possibilidade de acontecer, você se prepara e analisa quem irá enfrentar. É algo pessoal. Tive várias experiências e cada decisão era um tipo de comportamento, jamais era igual uma para outra.

Existe algum segredo para o goleiro ter mais êxito ou o segredo é mesmo o treinamento?

Tem gente que gosta de mexer com a tranquilidade do batedor, deixar ele mais nervoso. Outros se concentram e alguns estudam para chegar preparado. Eu vivi uma época que era difícil encontrar imagens e hoje temos acesso facilmente. O estudo se torna mais fácil. Eu gostava de ir para o gol, olhar como o batedor colocava a bola na marca e se postava em relação ao corpo para ter a ideia do local que ele bateria. Dava certo e errado.

Tem algum conselho que costuma dar para os goleiros que você treina?

O conselho é concentração e fazer o que se sente à vontade. O goleiro sente a pressão, sim. Muitos acham que não é a responsabilidade do goleiro, mas ali é preciso ajudar o time. Tem que ter calma para não saltar antes e facilitar ao batedor. A calma é fundamental.

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Para o goleiro, pênalti é só técnica? Ou há espaço para a intuição?

É uma mistura de técnica, treinamento e intuição. É o conjunto de tudo. Depende muito do momento e o tipo de situação. A sorte também é fundamental, porque se o batedor acerta o pé fica bem difícil para o goleiro. Então varia muito do momento e é preciso estar preparado, pronto para qualquer situação.

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