As luzes misteriosas que apareceram no céu e intrigaram moradores do Planalto Norte catarinense durante a noite de quinta-feira (16) tiveram seu motivo desvendado. A reportagem do jornal A Notícia conversou com o major Rodrigo Alves, comandante do quartel General Sisson de Lapa (PR), para entender do que se tratavam as “bolas de fogo”.

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O comandante explica que as luzes avistadas pela população nada mais eram do que tiros iluminativos que foram disparados durante um treinamento noturno de artilharia dos militares. A atividade foi realizada nesta semana no Campo de Instrução Marechal Hermes, em Três Barras, na Operação Setembrino de Carvalho, do qual seus soldados também participaram.

No procedimento, os soldados simulavam um ataque ao campo inimigo na fase noturna. Segundo o comandante, antes de um confronto, são utilizados tiros iluminativos para identificar a localização dos oponentes no campo de batalha.

– Com o campo iluminado, o inimigo pode ser visto e é feito todo procedimento do ataque, como tiro de artilharia explosiva na direção dos oponentes. Depois deste primeiro ataque, onde castigamos o terreno na região [inimiga], a tropa de infantaria e cavalaria vão para a batalha propriamente dita – explica o major.

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O material utilizado durante o treinamento é uma granada iluminativa, que após disparada, aciona um paraquedas que demora pouco mais de um minuto para cair ao chão. Enquanto isso, vai gerando iluminação que proporciona que os soldados visualizem todo o território. O material que gera a luz é o fósforo branco, conforme diz o major. 

O fato explica as imagens registradas por alunos dentro do colégio Cedup Vidal Ramos, em Canoinhas, onde era possível ver as bolas luminosas descendo lentamente até desaparecerem.

Antes de confirmar o que realmente poderia ter acontecido, a reportagem chegou a conversar com com um astrônomo e até um meteorologista para entender se a suspeita da população estava correta e se o fato se tratava mesmo de algo sobrenatural.

– Mas é um procedimento normal, não tem nada de preocupante nisso – resume Rodrigo Alves, que garante que a população pode ficar tranquila. 

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