A formação de uma Seleção Catarinense sempre é e será salutar. Acende-se uma rivalidade a mais. Gente reclamando que determinado jogador não fora convocado e outros julgando que houve privilégio não só na convocação como na escalação do time. Há, inclusive, os que vêem tudo errado na formação do grupo e reclamam até do chefe da delegação. O laboratório feito para a Seleção principal do país foi formidável até porque entramos numa missão muito difícil, porém cumprida a gosto e à honra do futebol catarinense. Valeu, por tudo. Destaques Fabrício, Marcelinho e o goleiro Marcão fizeram uma certa diferença no jogo de sábado. Mas foi o goleador Adão quem carimbou o passaporte. Termina mais uma etapa do futebol catarinense. A Seleção será desfeita hoje e uma nova fase começa. Cada qual para o seu clube de origem. Quantos mesmo ficarão em Santa Catarina? O caminho Ainda que ele não tenha aberto o jogo, o técnico Artur Neto sabe o caminho que Felipão terá que percorrer. Não é muito difícil mas, não se iludam, será outro jogo com o coração uruguaio ferido e precisando dar uma satisfação à nação no próximo domingo. Jogo é jogo e dia 1º de julho a história será outra, tomara que não muito diferente. O novo quadro Os nossos representantes que vão para o Brasileiro da Série B finalmente acordaram. As contratações estão chegando em pencas. Uma avalanche repentina. Com a possível transferência do início da competição para agosto, alguns clubes estão sendo salvos pelo gongo. Vai dar tempo de se conhecerem, pelo menos. A decisão será amanhã, na CBF, que está encontrando dificuldades inclusive de passagens aéreas para o deslocamento dos participantes. Pouco interesse Na última reunião do Clube Brasil, nenhuma rede de TV mostrou interesse na Série B. Isso pode mudar, claro. Dos 19 afiliados do Clube, apenas 12 compareceram à reunião de São Paulo. A verdade é que a CBF teve tempo suficiente para organizar o campeonato, mas perdeu muito tempo envolvida com a CPI no Senado. A advertência O presidente do Avaí, Flávio Félix, com grande antecedência e dentro de uma visão rigorosamente realista, me advertiu um dia: “Com 28 clubes na Série B, o prejuízo, por baixo, vai passar dos R$ 500 mil.” Foi taxado de tudo, principalmente de que não queria o Figueirense entrando pela janela. Hoje, sem a definição da televisão e apenas com passagens aéreas garantidas, ouvi o presidente Mauro Bartholi, do Joinville, dizer que o prejuízo será acima dos R$ 600 mil e pode até haver desistências. Despedida Ao se despedir de Itajaí, onde trabalhou no Campeonato Estadual, lembro ter escrito uma nota sobre Humberto Ramos e sua qualidade como profissional. E cheguei a uma manifestação pouco comum quando disse que gostaria de vê-lo retornando ao futebol catarinense até para conhecer um pouco mais do seu trabalho. Taí o homem e sua contratação pelo Avaí não me surpreendeu. Vamos conferir o novo trabalho.
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