Com o celular tocando sem parar, Aline Zattar, que completa 29 anos neste domingo, poderia se passar por qualquer jovem conectada. Mas o aparelho, na realidade, é mais do que interação: serve como um meio para organizar toda a sua vida.
Continua depois da publicidade
Miss Brasil plus size, esposa, mãe e agora empresária, a joinvilense acaba de adicionar um importante projeto à sua rotina já bastante corrida. Neste fim de semana, ela lança em São Paulo sua própria grife de roupas, que em março também estará disponível para compras no varejo pelo site www.alinezattar.com.br.
Antes mesmo do concurso de beleza, Aline conta que as amigas elogiavam seu jeito de se vestir. Com a visibilidade de ser miss, o número de mulheres que a procuram pedindo dicas de moda cresceu exponencialmente, o que a incentivou ainda mais a investir numa linha inspirada em seu corpo e estilo.
Para criar as peças, Aline convidou a estilista Lila Colzani, fundadora da Colcci. De 44 a 54, a modelagem criada pela dupla procura valorizar a feminilidade e as curvas da mulher.
Continua depois da publicidade
– O mercado plus está em expansão porque as pessoas estão parando de se esconder e disfarçar seu peso. As marcas estão de olho nisso e fazem roupas para mulheres que desejam mesmo mostrar o corpo e valorizar a silhueta curvilínea – explica Aline.
Para que a modelo se enquadrasse nessa parcela que se aceita do jeito que é, a batalha foi árdua e levou tempo. Ela se recorda aos risos dos verões em que tinha vergonha de ir à praia ou à piscina com as amigas magras porque se sentia inferior. Hoje, parece bobeira ter um dia pensado assim, mas Aline reconhece que o assunto é sério e exige atenção.
– Parecia que as pessoas me encaravam como quem quer dizer: “Olha como ela é gorda, não se enxerga, será?”. Lutei a vida toda contra o meu corpo, fazia dietas inimagináveis. Especialmente depois do concurso, mudei radicalmente a minha vida. Eu me aceito, me sinto bem, e isso é muito menos estressante.
Continua depois da publicidade
O importante, segundo Aline, é ter a consciência de que o setor plus não existe para estimular as pessoas a ficarem acima do peso, mas para que se amem independentemente disso. Quando alguém gosta de si, esforça-se para cuidar da saúde. Até porque estar magro não significa, necessariamente, estar saudável.
– Eu quero que minha grife ajude as mulheres a se sentirem seguras com seus corpos. Quando você se descobre e se gosta, as pessoas notam e te veem diferente. Você se torna, inclusive, mais atraente – afirma.