Em 1919, Miró mudou-se para Paris e sua vida nunca mais foi a mesma. Aos 25 anos, o artista era dado como caso perdido pelo pai depois que, ainda adolescente, havia abandonado a Escola de Belas Artes em sua Barcelona natal por não suportar a formalidade da instituição. Na capital francesa, porém, o contato que teve com o surrealismo o fez se aproximar das vanguardas: o cubismo de Picasso, o dadaísmo de Tristan Tzara, o surrealismo de André Breton. Nascia uma vocação.
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Um passeio pela exposição de Miró em São Paulo
Discreto e comportado, Miró era o oposto do que pintava: uma série de traços rápidos, quase infantis, com cores intensas, influenciado pelo movimento fauvista de Matisse. Em 1928, finalmente começou a ganhar dinheiro com a arte, o que lhe possibilitou se casar no ano seguinte com Pilar Juncosa, com quem teria a única filha, Dolores, e retornar para o seu país.
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Com a Guerra Civil Espanhola, Miró novamente bandeou-se para a França. Quando estourou a 2a Guerra Mundial, voltou para a Espanha e, desiludido, quase parou de pintar. Para sorte do mundo, a arte venceu os conflitos e ele obteve reconhecimento internacional, continuando a produzir até morrer, aos 90 anos.


