A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou nesta quarta-feira, dia 20, que será mantida a previsão de crescimento da economia brasileira este ano em 2,5%. Na sexta-feira, dia 22, o Ministério do Planejamento terá que divulgar o relatório de avaliação bimestral de receitas e despesas. Para isso, fixa parâmetros macroeconômicos que embasam as previsões de receitas.

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– Nós estamos no final do ano. Temos a visão de que vamos crescer 2,5% este ano. Vamos manter isso no relatório. Faremos ajustes sem grandes mudanças em relação ao relatório anterior – afirmou ao sair da Câmara dos Deputados, onde participou de audiência pública.

Miriam disse que, do lado das receitas, a principal alteração será a inclusão da previsão de arrecadação em 2013 com a abertura dos parcelamentos especiais (Refis) para multinacionais, bancos e seguradoras e a reabertura do chamado Refis da Crise para os contribuintes inadimplentes.

A ministra reforçou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, mas não mencionou o superávit que será alcançado este ano. Segundo ela, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é importante para dar mais flexibilidade na execução do orçamento.

– O superávit tem que refletir o ano que estamos vivendo – disse.

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Miriam disse que o governo vem demonstrando há 11 anos, ano após ano, que a inflação fica dentro da banda estabelecida, que faz superávit fiscal e que faz o País crescer reduzindo a desigualdade.

Ela admitiu que há desconfiança de alguns analistas de mercado quanto à política fiscal, mas argumentou que outros não têm dúvidas.

– Articulistas e representantes das próprias agências de rating estão falando que isso não está em questão em relação ao Brasil – disse.

Ao ser questionada se a presidente Dilma decidiu assumir para si o compromisso com a meta fiscal em função de suas ações nos últimos dias, a ministra respondeu:

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– Ela é que tem que ser a avalista disso e ela tem absoluta convicção de que está conduzindo o Brasil nesse sentido.

Além de usar o Twitter para falar sobre responsabilidade fiscal, a presidente assinou na terça-feira com líderes no Congresso um pacto fiscal para evitar que sejam aprovados pelos parlamentares projetos que aumentem as despesas ou as desonerações.