Antes do início da sessão do julgamento do mensalão desta quarta-feira, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram para eleger o novo presidente e o novo vice-presidente da Corte.
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A eleição resultou, como era esperado, na escolha do ministro Joaquim Barbosa, que sucederá no cargo o colega Carlos Ayres Britto, que se aposentará compulsoriamente em novembro, ao completar 70 anos de idade. Tradicionalmente, os ministros escolhem o presidente usando o critério da antiguidade, por isso a eleição de Barbosa era certa.
O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão e antagonista de Barbosa no julgamento, foi eleito vice-presidente.
Indicado para a instituição em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa tem uma trajetória de vida que demonstra esforços pessoais e determinação. Filho de dona de casa e pedreiro, nascido em Paracatu-MG, já trabalhou como ajudante de pedreiro, foi oficial de chancelaria, professor universitário e procurador do Ministério Público Federal.
Jamais deixou de estudar. Fez doutorado na França e mestrado na Universidade de Brasília (UnB). É fluente em francês, inglês, alemão e italiano. Ao ser sorteado relator do processo do mensalão passou a chamar a atenção do público por sua postura determinada e destemida. Em geral, participa das sessões na Corte Suprema em pé e movimentando-se. Barbosa sofre com inflamações na coluna e nos últimos anos passou a licenciar-se com frequência.
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