A erradicação do trabalho infantil, a integração de ações de fiscalização e a unificação de certificações profissionais são os principais desafios para a promoção do emprego no Mercosul, apontam os ministros do Trabalho do Brasil, Argentina e Uruguai reunidos ontem em Porto Alegre.
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No encontro, que também contou com a representante do ministério da Venezuela, foi reafirmada a intenção de diminuir as principais formas de trabalho infantil até 2015 e erradicar o problema até 2020.
– Queremos que os adultos trabalhem e que os filhos estudem e brinquem – observa o ministro argentino, Carlos Tomada.
Os ministros também reforçaram, em um documento assinado ao final do encontro, a necessidade de avanços na qualificação dos esforços nas áreas de fronteira e no reconhecimento das qualidades adquiridas para beneficiar os profissionais brasileiros e estrangeiros. Para o ministro uruguaio do Trabalho, Eduardo Brenta, é importante facilitar a obtenção de documentos que permitam ao trabalhador atuar em outros países.
A principal preocupação dos ministros diz respeito à possibilitar que a certificação de trabalhadores de um país seja aceita no bloco, o que facilitaria a livre circulação de trabalhadores.
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– O desenvolvimento dos nossos parques produtivos com inovação passa, necessariamente, pela integração das economias do Mercosul e da América Latina – resume o ministro do Trabalho do Brasil, Brizola Neto.
O próximo encontro entre os ministros deverá ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, em Montevidéu (Uruguai). Até lá, os ministérios pretendem equalizar os procedimentos de inspeção trabalhista e contabilizar o número de trabalhadores que transita entre os países.