Não será permitida plantação de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal. A decisão foi tomada nesta segunda-feira à noite, após mais de duas horas de reunião entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. As exceções serão as áreas de três usinas já instaladas nos Estados do Acre, do Amazonas e do Pará, e uma com projeto aprovado no Estado de Roraima, além das regiões do planalto pantaneiro onde já existem plantações há mais de 10 anos e em áreas degradadas.
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Minc considerou o resultado do encontro para tratar do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar “bom para todo mundo”.
– Estamos preservando, com esse acordo, o bioma amazônico e pantanal, não quebrando a produção já existente e colocando restrições que vão fazer com que ela se adeqüe à defesa do bioma, e não o contrário – afirmou, após o encontro, realizado no gabinete de Stephanes.
No planalto pantaneiro apenas será permitido o plantio direto, sem uso de máquinas ou agrotóxicos. Na planície, será proibido qualquer tipo de plantio de cana-de-açúcar. A intenção, segundo os ministros, é diminuir erosões e o assoreamento dos rios.
Segundo Minc, a fiscalização dessas áreas precisa ser feita em conjunto, “porque uma coisa é a filosofia do acordo e outra é o ?cumpra-se? do acordo”.
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Stephanes disse que o texto do acordo será encaminhado ao Palácio do Planalto para que seja analisado e depois tomadas as medidas necessárias a sua execução, o que pode levar até um mês.