A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União), por suspeita de crime de corrupção passiva. O caso se relaciona a um suposto desvio de recursos de obras de pavimentação que teriam sido pagas com recursos federais, por meio da empresa estatal Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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O ministro foi indiciado por crimes como corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. O ministro ainda não se manifestou sobre o indiciamento.

O relatório da PF foi encaminhado nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso na corte é o ministro Flávio Dino. A investigação está sob sigilo.

As suspeitas sobre o ministro são de que ele teria participado de um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares, quando era deputado federal. Os valores seriam destinados à cidade de Vitorino Freire (MA), estado de origem e onde a irmã dele, Luanna Rezende, é prefeita (o pai do ministro também já foi prefeito da cidade em duas ocasiões).

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Entre os caminhos citados pela investigação que ligariam o hoje ministro ao suposto esquema estão a pavimentação de estrada que beneficiava propriedades do próprio Juscelino Filho, a indicação de pagamentos a terceiros e a contratação de uma empresa que a PF suspeita ser do próprio político.

A Codevasf é uma empresa pública e passou a ser uma das preferidas dos parlamentares para receber indicação de verbas de emendas do chamado “orçamento secreto”, ainda durante o governo Bolsonaro.

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