Ainda distante da meta de vacinar 95% das crianças menores de cinco anos de idade contra a poliomielite no país — cerca de 11,5 milhões —, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um novo apelo para que os pais ou responsáveis levem os pequenos às salas de vacinação. Até o momento, segundo dados divulgados pela pasta chefiada por ele, a campanha imunizou 65,6% do público-alvo, cerca de 7,6 milhões de crianças. 

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Apenas a Paraíba, com 95,09% das crianças imunizadas, atingiu a meta nacional. Em Santa Catarina, 82,13% do público-alvo da campanha recebeu a vacina. 

— Desde o dia 7 de agosto, temos feito um apelo à nação brasileira para que levem suas crianças com menos de cinco anos para completar o esquema vacinal da pólio — disse Queiroga nesta segunda-feira (17), quando foi comemorado o Dia Nacional da Vacina. 

O Brasil não registra casos de paralisia infantil desde 1989, mas com a queda das taxas de vacinação desde 2015, diversos órgãos ligados à saúde alertam para o risco de retorno da doença.

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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), advertiu em setembro que esse risco é muito alto.

— Precisamos vacinar a população, principalmente nossas crianças. É inaceitável que, em pleno século 21, nós tenhamos sofrimento das nossas crianças por doenças que já estão erradicadas há muito tempo — acrescentou Queiroga.

De acordo com o Ministério da Saúde, a meta de cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças menores de um ano não é atingida desde 2017. 

Ao listar esforços das secretarias de Saúde de muitos estados que ainda não atingiram a meta, como atendimento em horários ampliado e aos finais de semana, Queiroga disse que a baixa adesão tem ocorrido também em outros países.

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O ministro ressaltou ainda que as vacinas do calendário nacional seguem disponíveis nos 38 mil postos de saúde do Brasil.

A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.

Nos casos mais graves da doença, também chamada de paralisia infantil, ela provoca o comprometimento do sistema nervoso, levando à paralisia de membros e alterações nos movimentos e pode até ser fatal.

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