O ministro de Minas e Petróleos do Equador, Derlis Palacios, anunciou nesta sexta-feira o fim antecipado das relações entre o Estado equatoriano e a companhia hispano-argentina Repsol YPF por “falhas” na negociação em curso para uma mudança na modalidade dos contratos de petróleo. O ministro fez o anúncio durante uma entrevista coletiva em Quito, para informar sobre um convênio com a Petrobras.

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– Lastimamos que com a Repsol não tenhamos conseguido chegar a um acordo. Eles mudaram constantemente de critério e não nos permitiram chegar a uma negociação – disse Palacios.

Palacios, que afirmou que a decisão foi adotada há dois dias e que a empresa foi notificada nesta quinta-feira, falou de “falta de seriedade” por parte da Repsol YPF “para manter os compromissos que já foram estabelecidos há alguns meses, principalmente na parte econômica”. Por isso, explicou, “o Estado equatoriano tomou a decisão de finalizar a relação trabalhista com a Repsol e dispusemos à Petroecuador que comece a liquidar antecipadamente os contratos que mantêm no país”.

O ministro antecipou que a Repsol terá que sair do país “após terem sido cumpridos os processos legais que serão estabelecidos”. Segundo Palacios, foram alcançados acordos várias vezes, mas os representantes da Repsol YPF “voltaram atrás, especialmente na parte econômica, alegando que a negociação não era conveniente para eles, quando já foi aceito pela equipe negociadora”.

– Isso parece uma falta de seriedade e nos levou a tomar essa decisão – afirmou, ao acrescentar que, atualmente, as autoridades analisam qual será a companhia que assumirá os campos que a Repsol YPF opera no país.

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