O ministro egípcio da Cultura, Mohamed Saber Arab, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia. Ele teria alegado querer protestar contra a violência policial, segundo nota da imprensa oficial.
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A agência oficial Mena anunciou a renúncia de Arab sem fornecer detalhes, enquanto o jornal governamental Al-Ahram indicou que o ministro havia tomado essa atitude em protesto após as imagens de um manifestante nu sendo espancado pela polícia em frente ao palácio presidencial no Cairo.
O anúncio ocorreu pouco depois da notícia da morte de outro manifestante, que entrou em coma depois de ser detido pela polícia.
Mohamed al-Guindi, de 28 anos, foi dado como desaparecido em 25 de janeiro, dia em que participou de uma manifestação em ocasião do segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak em 2011.
A mãe da vítima, Samia, contou ao canal de televisão An Nahar que o militante tinha sido levado junto com outros manifestantes para um centro da polícia, onde foi torturado.
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Segundo um boletim médico preliminar, citado por ativistas, Mohamed al-Guindi foi atingido com objetos contundentes e teve várias costelas quebradas. Também sofreu descargas elétricas.