Árduo defensor do esforço do Governo Federal em sediar os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deixou transparecer insatisfação com a organização dos jogos realizados no mês passado em entrevista ao programa “Roda Viva”, nesta segunda-feira.
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Segundo o site Globo Esporte, o ministro destacou a repercussão negativa do orçamento do evento, que superou em três vezes o valor original estipulado em 2003, que era de 225 milhões de dólares.
– Um erro muito nítido diz respeito ao planejamento. Em minha opinião, a distorção vivida pelo orçamento se deu, sobretudo, com planejamento pouco consistente, que não foi capaz de prever todos os itens – alfinetou o ministro.
Orlando Silva também não poupou a iniciativa privada, a qual dividiu a responsabilidade pelas instalações precárias da Cidade do Rock, que sediou as competições de beisebol e softbol.
– O fator que explica a timidez da presença privada é o conservadorismo do empresariado brasileiro em investir naquilo que não é o seu próprio negócio.
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Segundo o ministro, o passo seguinte será manter os espaços para incentivar a prática esportiva das diferentes modalidades.
– Nossa visão é que devem se transformar em centros nacionais de treinamento. E a Lei de Incentivo ao Esporte vai abrir oportunidade para atrair investimento privado, inclusive na manutenção desses espaços. O Rio hoje tem uma capacidade instalada que permite sediar qualquer evento esportivo. Foi um bom investimento, assim como foi muito importante o investimento na área de segurança pública – destacou Orlando Silva.
Perguntado sobre as pretensões do país em sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016, Orlando Silva foi cauteloso.
– Uma Copa não se faz apenas em estádios. É preciso sistema de transporte, telecomunicações. Nós temos que fazer da Copa do Mundo uma oportunidade de se investir no Brasil. E a Copa do Mundo é uma oportunidade para nós qualificarmos muitas cidades – finalizou o ministro.
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