É questão de horas a demissão do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP). Em reunião nesta quarta-feira com parlamentares do partido, Negromonte disse que não tem mais condições de permanecer no cargo, após a sucessão de denúncias de irregularidades na pasta. O ministro avisou aos colegas que pretende entregar nesta quinta a carta de demissão à presidente Dilma Rousseff.

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Com a saída de Negromonte, o PP trabalha para continuar à frente do ministério. O partido, contudo, está dividido. O favorito para ser indicado ao cargo é o atual líder da legenda na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB). O grupo fiel a Negromonte, porém, tenta evitar a escolha de Ribeiro. Nesta quinta, eles pretendem pedir ao presidente da sigla, senador Francisco Dornelles (RJ), que interceda junto a Dilma para comunicar que não há um escolhido pela bancada.

– Não há uma indicação. A presidente pode escolher entre os nossos 38 deputados e cinco senadores – afirma o deputado Vilson Covatti (RS).

O Planalto, entretanto, já trabalha para efetivar Ribeiro no ministério. Nos últimos dias, assessores palacianos fizeram uma varredura para descobrir eventuais problemas com a Justiça que possam comprometer a credibilidade de Ribeiro. Os dois processos que o parlamentar responde no Supremo Tribunal Federal foram considerados irrelevantes pelo Planalto.

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