O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recuou e mandou retirar a peça “Eu sou feliz sendo prostituta” do site do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Reportagem de terça-feira, 4, do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que o material fazia parte de uma campanha do ministério nas redes sociais para prevenção de aids e redução do preconceito. Padilha afirmou que o material estava em teste.
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– Enquanto for ministro, uma peça como essa não fará parte de campanha – disse.
A peça, com logomarca do governo federal, do ministério e do SUS, no entanto, já havia sido apresentada pelo departamento de DST, Aids e Hepatites Virais – ligado ao ministério – como integrante da campanha e disponível no portal do ministério na internet. O material, que inclui vídeos e banners, foi lançado no fim de semana para celebrar o Dia Internacional das Prostitutas. Outras peças, como vídeos em que profissionais do sexo afirmam: “Sou puta, a minha presença te incomoda?”, foram mantidas.
Esta é a terceira vez que o ministro, cotado para ser candidato pelo PT ao governo de São Paulo, determina a retirada depois de publicado de material com potencial de polêmica. Em março, o Estado revelou que a pasta, por determinação do Palácio do Planalto, havia mandado recolher um kit de prevenção de Aids dirigido a adolescentes. O material abordava temas como homossexualidade, drogas e gravidez.
Padilha, assim como fez na terça-feira, justificou na época que a distribuição havia sido feita a sua revelia. Em um discurso semelhante, ele afirmara que o material não tinha sido aprovado pela sua equipe. Os kits, porém, já haviam sido lançados oficialmente por seu antecessor na pasta, José Gomes Temporão. Logo depois de a suspensão do material vir à tona, Padilha anunciou uma investigação interna para apurar as responsabilidades. Até hoje não houve conclusão.
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